"Demorei muito tempo para entender": o que é a Síndrome de Sjögren, diagnosticada em ex-BBB
Fernanda Keulla conviveu com sintomas como fadiga extrema e dores constantes, mas não sabia que tinha a doença; entenda

Wagner Lauria Jr.
A ex-BBB Fernanda Keulla revelou recentemente que foi diagnosticada com a síndrome de Sjögren, uma doença autoimune rara que pode ser difícil de identificar (saiba mais abaixo).
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Por anos, Keulla relatou ter convivido com sintomas como fadiga extrema, dores constantes e internações frequentes, condições que, até então, não tinham uma explicação clara, gerando julgamentos de familiares, médicos e até dela mesma.
“Demorei muito tempo para entender que estar doente todos os dias não era normal. Procurei várias especialidades, fiz tratamentos alternativos, e nada resolvia”, contou Fernanda em suas redes sociais.
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O diagnóstico veio após um exame de sangue indicar alterações significativas nos níveis de anticorpos.
“Foi quando meu reumatologista fechou o diagnóstico de síndrome de Sjögren”, explicou.
O que é e como identificar o síndrome de Sjögren?
A síndrome de Sjögren é uma doença autoimune crônica, em que o próprio sistema imunológico ataca as glândulas que produzem umidade, como as lacrimais e salivares. Ela se caracteriza por secura ocular e na boca, na pele, nariz e vagina associadas à presença de auto-anticorpos ou sinais de inflamação glandular, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
No entanto, também é caracterizada por sintomas como cansaço extremo e fadigas, o que pode não ser diretamente associado à condição sem a realização de exames.
Fernanda destaca que, no seu caso, os sinais mais evidentes, como a secura ocular e bucal, só surgiram depois de muitos outros sintomas mais genéricos, o que dificultou o diagnóstico.
“Por isso eu demorei tanto tempo para descobrir”, disse.
De acordo com a Sociedade, para a confirmação do diagnóstico, o paciente deve apresentar alterações nos exames de sangue, radiológicos, além de biópsia das glândulas salivares menores feita no lábio em alguns casos.
Apesar de não ter cura, o tratamento adequado pode controlar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente. Ele inclui, segundo a SBR, lágrimas artificiais e substitutos de saliva. Em caso de manifestação mais graves, pode haver a indicação de anti-inflamatórios, corticóides e/ou imunossupressores.
Hoje, Fernanda afirma estar bem, seguindo tratamento regular e vendo melhorias nos exames clínicos.
“Esse relato não é só para contar o que estou passando, mas para servir de alerta. Pode ser libertador entender o que está acontecendo com o seu corpo”, concluiu.