Coronavac terá versão contra variante ômicron em até 3 meses
Instituto Butantan tem 15 milhões de doses em estoque
SBT Brasil
O laboratório chinês Sinovac anunciou nesta 3ª-feira (07.dez), que começou a produzir uma versão da coronavac para combater a variante ômicron. O comunicado foi feito na abertura do simpósio internacional sobre a coronavac no Instituto Butantan, em São Paulo. Segundo o presidente da Sinovac, Ying Weidong, a previsão é de que a nova vacina esteja pronta em até 3 meses.
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O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas anunciou durante o evento que serão feitos estudos com alcance as demais variantes do coronavírus. "Se ela será necessária ou não, nós não sabemos, mas é necessário que sim, que se inicie esse processo", afirmou Dimas Covas. O Instituto Butantan começou na semana passada um estudo para testar a eficácia da atual versão da coronavac contra a variante ômicron. O resultado deve sair nas próximas semanas e vai apontar se será ou não preciso usar a nova vacina, que também estará disponível aqui no Brasil no início do ano que vem.
Ainda de acordo com o presidente do instituto, foi oferecido novamente ao Programa Nacional de Imunizações a vacina coronac, mas o Ministério de Saúde voltou a recusar a vacina, nesta 2ª-feira (06 dez). O Instituto Butantan tem 15 milhões de doses em estoque, e interrompeu a produção do imunizante em outubro. O diretor informou, que negocia a venda da vacina para governos sul-americanos ou a inclusão dela no consórcio Covax Facility, que reúne 150 países.
No evento, pesquisadores defenderam o uso da coronavac em jovens e crianças que têm entre três e 17 anos. Países como China, Indonésia e Chile já autorizaram a aplicação da vacina neste público. Segundo o Butantan, para que isso aconteça aqui no Brasil, é preciso que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, aprove o registro definitivo do imunizante.