Após dosimetria, centrão avalia espaço para negociar saída de Flávio e candidatura de consenso em 2026
Aprovação da redução de penas pode arrefecer ânimos e levar Flávio Bolsonaro a aceitar a vaga de vice na chapa


Victoria Abel
Lideranças de partidos de centro, como União Brasil, PP e Republicanos, avaliam que a aprovação do projeto de lei de redução de penas deve facilitar o processo de negociação com a família Bolsonaro para que o senador Flávio ceda a cabeça de chapa nas eleições presidenciais do ano que vem. A expectativa das cúpulas das legendas é de que o ambiente menos tenso abra brecha para um acordo que possa trazer Tarcísio de Freitas ou um dos governadores de direita de volta ao páreo.
O projeto de lei da dosimetria foi aprovado nesta madrugada (10) na Câmara dos Deputados por 291 votos a favor e 148 contra. O relator da proposta, Paulinho da Força (Solidariedade-RJ), reconheceu que a proposta melhora o ambiente eleitoral para a direita em 2026.
“A votação da dosimetria pacifica o Brasil e a gente pode discutir com mais tranquilidade uma candidatura que possa representar esses partidos mais ao centro. É uma possibilidade de ajuda”, disse Paulinho ao SBT News.
A escolha do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por pautar o projeto de redução de penas ocorreu 4 dias depois que o senador Flávio Bolsonaro se declarou pré-candidato à Presidência da República. De acordo com ele, a orientação partiu de seu pai, Jair.
O anúncio surpreendeu lideranças de centro que esperavam uma definição do ex-presidente para seu substituto apenas no ano que vem e com chances maiores do escolhido ser o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.








