Em desdobramento da Lava Jato, Régis Fichtner é preso pela PF no Rio
É a segunda vez que o ex-secretário da Casa Civil é preso durante a mesma operação, acusado de corrupção passiva.
SBT News
O ex-secretário da Casa Civil, durante os dois governos de Sérgio Cabral, Régis Fichtner foi preso nesta sexta-feira (15) pela Polícia Federal no Rio de Janeiro. A ação é um desdobramento da Operação Lava Jato.
A prisão foi feita pela manhã, na casa de Fichtner, que fica na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Esta é a segunda prisão do advogado, que foi secretário de 2007 a 2014, em uma ação da Lava Jato. A última vez foi durante a Operação C'est Fini, em novembro de 2017, que culminou em outras quatro prisões.
Na época, Fichtner passou uma semana detido e foi liberado por um habeas corpus emitido pelo desembargador Paulo Espirito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).
Segundo relatos sobre as investigações, a operação realizada nesta sexta-feira (15) tem como base informações bancárias de Régis Fichtner, que apontam que, em sete datas, durante o ano de 2011 e 2012, o advogado recebeu depósitos de 1,7 milhões de reais do Coronel Fernando Martins.
Já entre os anos 2014 e 2016, os dados indicam transferências bancárias de 725 mil reais do ex-secretário a Fernando Martins.
O Coronel da Polícia Militar, Fernando França Martins, é apontado como "a pessoa da mala" de Régis Fichtner, e também é alvo da operação.
O ex-secretário foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção passiva. De acordo com o MPF, Fichtner solicitou e aceitou vantagem indevida para dar "especial atenção para os interesses privados de empresários do setor da saúde, prestação de serviços de alimentação e limpeza, transporte público e construção civil", durante o exercício do cargo.
Régis Fichtner foi detido e conduzido à sede da Polícia Federal.
