Vídeo: funcionária da Zona Azul é agredida ao notificar motorista sobre multa
Homem deu uma rasteira na mulher, que disse ter machucado as costas; caso ocorreu em Santo André (SP)
Alô, Você
Agência SBT
Gabriela Regina, de 23 anos, foi agredida física e verbalmente por um homem de 33 anos após advertir sobre uma multa de trânsito em Santo André, na região do ABC Paulista. A jovem, que é funcionária de uma empresa responsável pelo sistema de Zona Azul na cidade, levou uma rasteira do homem em uma loja de tintas.
Imagens da câmera de segurança do estabelecimento registraram a agressão, que ocorreu na manhã de sexta-feira (1º). Testemunhas presenciaram a cena e intervieram, segurando o agressor até a chegada da Polícia Militar. Ambos foram levados ao 3º Distrito Policial da cidade.
Em entrevista ao Alô, Você nesta quinta-feira (7), ela contou que o motorista se revoltou ao ser advertido sobre o estacionamento irregular e reagiu com ofensas e agressões físicas.
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Antes da agressão, Gabriela deu todo o suporte para o motorista e ainda tentou conversar, dizendo que não podia cancelar a notificação, mas que se ele pagasse o ticket, que tem valor mínimo de R$ 1,70, a multa seria retirada automaticamente.
"Ele ficou me gravando, me xingando de palavras de baixo calão. Peguei o celular para gravar ele também, porque ele me ameaçou falando que ia jogar o carro em cima de mim. Ele jogou o carro pra cima de mim, acertando na minha perna esquerda. Nisso, um rapaz da loja de tintas me deu suporte, me colocou para dentro. Ele saiu do carro e me agrediu na loja, lesionando minhas duas costelas, do lado direito e do lado esquerdo, que foi na hora que me deu um arrastão", afirmou.
Três homens defenderam Gabriela. "Se não fosse esses rapazes, eu tenho certeza que ali ele teria acabado comigo", desabafou.
A luxação das costas está impedindo a jovem de trabalhar. Ainda segundo ela, a empresa vai disponibilizar atendimento psicológico uma vez por semana.
"Eu não consigo nem sair na rua com medo desse rapaz, porque ele não está nem preso. A empresa está me fornecendo uma psicóloga. Mas não é o suficiente pra gente conseguir sair pra rua e fazer o nosso serviço. E querendo ou não eu preciso, eu tenho dois filhos pequenos, sou mãe sozinha, então preciso trabalhar", afirmou a jovem.
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Investigações
Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o suspeito foi autuado por injúria, ameaça e lesão corporal. O caso está sendo investigado pela polícia de Santo André.
Também disse em nota que a vítima foi orientada quanto ao prazo decadencial de seis meses para representação criminal.
Em nota, a Prefeitura de Santo André esclareceu que Gabriela é funcionária da empresa privada Estapar. A administração pública repudiou o ataque, destacando que a colaboradora estava apenas exercendo suas funções no momento da agressão.
“A empresa prestou todo o apoio à funcionária e informou que ela realizou exame de corpo de delito, registrou Boletim de Ocorrência e entrará com medidas judiciais contra o agressor”, diz o comunicado.