Prefeitura do Rio de Janeiro lança elite armada da Guarda Municipal
Primeiros 600 agentes armados devem começar a atuar em fevereiro; projeto gera apoio e preocupação entre moradores
Isabela Masi
A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta sexta-feira (06) a criação da elite armada da Guarda Municipal, uma força especial composta inicialmente por 600 agentes, que vai atuar no combate a roubos e furtos de rua. O modelo foi apresentado pelo prefeito Eduardo Paes, que garantiu que os guardas passarão por treinamento especial com apoio da Polícia Rodoviária Federal.
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A nova tropa será coordenada pelo secretário de Ordem Pública, delegado Breno Carnevalle, e terá foco nas áreas com maior incidência criminal, que representam apenas 5% do território da cidade, segundo estudo da prefeitura. Essas regiões poderão ser revistas de acordo com a mancha criminal.
A Guarda Armada não terá atribuições de patrulhamento 190, enfrentamento ao crime organizado ou investigações. A atuação será restrita à prevenção e resposta roubos e furtos, especialmente nos bairros com maior movimentação.
A previsão é que os agentes comecem a patrulhar as ruas a partir de fevereiro de 2026. A seleção dos guardas será feita entre os profissionais da ativa, com possibilidade de contratação de temporários. O salário oferecido é de R$ 13.033 para temporários e abono de R$ 10.283 para efetivos, valores que superam a remuneração de algumas patentes da Polícia Militar.
Apesar do reforço anunciado, a população se divide. Há apoio ao projeto, mas também preocupações com possíveis excessos, já que os agentes atuarão com armas de fogo além do tradicional cassetete.
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As inscrições para participar da seleção vão até o dia 12 deste mês. Os candidatos passarão por avaliação social, física e psicológica. A primeira turma inicia o treinamento em setembro.