Polícia Federal busca homem envolvido em financiamento de grupo ligado ao Hezbollah no Brasil
Esquema bilionário utilizava dados de refugiados para abrir empresas e contas fictícias; entenda
Nesta quinta-feira (8), a Polícia Federal tenta localizar um homem suspeito de envolvimento no financiamento de grupo ligado ao Hezbollah no Brasil. Além do mandado de prisão contra o procurado, os agentes também cumprem oito mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e Brasília.
Os mandados foram expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte para buscar novas provas contra os investigados da primeira fase da Operação Trapiche, deflagrada em novembro do ano passado. Duas pessoas foram presas na época. A Justiça Federal ainda determinou o sequestro de valores e bloqueios de contas bancárias dos acusados.
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Segundo as investigações, o principal investigado utilizava dados de imigrantes e refugiados para abrir contas bancárias e empresas por onde circulava recursos de origem ilícita. A atividade econômica dessas empresas já foi suspensa.
Ainda de acordo com as investigações, passagens aéreas usadas pelos brasileiros recrutados para entrevistas na organização terrorista fora do país foram financiadas pelo comércio ilícito de cigarros eletrônicos contrabandeados e vendidos em lojas de tabacarias no Brasil.
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Na primeira fase, foram presos, temporariamente, dois investigados suspeitos de ter viajado para a República do Líbano para participar de um recrutamento do grupo islâmico Hezbollah — grupo radical de práticas terroristas fundado no período antecedente à revolução islâmica (1979) por muçulmanos xiitas.
Se forem condenados, os envolvidos podem responder por crimes de contrabando, integração de organização terrorista, atos preparatórios de terrorismo, financiamento ao terrorismo e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas. Somada, a pena pode chegar a 75 anos e 6 meses de reclusão.