Polícia

Polícia Civil de SP prende 8 suspeitos de integrar quadrilha que movimentou R$ 6,8 bilhões

Grupo é acusado de fraudes financeiras, empréstimos irregulares, lavagem de dinheiro e criação de empresas de fachada em São Paulo e Campinas

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na manhã desta terça-feira (9), oito suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em fraudes financeiras, transferências bancárias irregulares e lavagem de dinheiro. O esquema, segundo investigações, movimentou R$ 6,8 bilhões em apenas dois anos.

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Ao todo, a Operação Azimut cumpria 12 mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão na capital paulista e nas cidades de Campinas e Hortolândia, no interior do estado. Quatro alvos não foram encontrados e são considerados foragidos.

As investigações começaram após uma empresa de meios de pagamento ter um prejuízo de R$ 19,2 milhões devido a movimentações financeiras ilegais. Na ocasião, criminosos realizaram as movimentações não autorizadas em contas de clientes da empresa, utilizando credenciais válidas e indevidamente obtidas.

Segundo o delegado Maicon Richard, um escritório de contabilidade estruturava parte das empresas usadas no esquema. "Funcionavam 15 empresas no mesmo local, demonstrando uma aparente legalidade e fragilidade dos dados colocados no ato da inscrição dessas empresas", afirmou.

Empresa movimentou R$ 6,8 bilhões

Um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou que uma das empresas beneficiárias das fraudes movimentou R$ 6,8 bilhões entre 2022 e 2024. A Polícia Civil afirma que o material apreendido nesta terça deve ajudar a aprofundar as ligações do grupo com outros crimes financeiros.

As apurações revelaram ainda que os envolvidos criaram uma estrutura articulada para ocultar a origem dos valores desviados e repassá-los a contas de empresas controladas pela quadrilha.

Os suspeitos responderão por organização criminosa, furto mediante fraude e lavagem de dinheiro.

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