Advogado da família de são paulino morto afirma que tiro partiu de PM
Segundo a corporação, toda a munição usada era não letal, como balas de borracha e bean bags
O advogado que representa a família do torcedor são paulino, morto nos arredores do estádio do Morumbi, afirma que o tiro partiu de um policial militar. Na próxima semana, testemunhas que estavam com a vítima devem prestar depoimento.
"Falaram que isso aí não mata, então por que meu filho está morto? Eu quero a resposta disso". Vilma Custódio dos Santos, mãe de Rafael Garcia, se refere à munição "bean bag", que vem sendo utilizada pela PM em substituição à bala de borracha.
Os investigadores já sabem que o torcedor foi atingido na cabeça por um tiro. Para o advogado da família de Rafael, o disparo partiu da arma de um PM.
"O que as provas indicam é que saiu de um policial, porque só a polícia usa aquela munição. Até imaginar que saiu de uma pessoa civil é contrariar a lógica", afirma o advogado Tiago Ziurkelis.
Além da dona Vilma, a polícia vai ouvir também testemunhas que estavam com Rafael no momento em que ele foi baleado. Nesta 6ª feira (29.set), os investigadores analisaram imagens de circuitos de segurança que gravaram de diferentes ângulos o confronto nos arredores do estádio do Morumbi.
Imagens mostram a ação da polícia. Segundo a corporação, toda a munição usada era não letal, como balas de borracha e bean bags.
A PM informou ainda que o emprego dessa munição é regulamentado internacionalmente e o uso autorizado apenas para policiais orientados e treinados. Foram estabelecidos protocolos para a utilização das bean bags e são realizadas avaliações nos materiais para garantir os padrões de segurança.
A Polícia Civil aguarda os laudos da perícia que vão apontar a que distância Rafael estava da arma que disparou o tiro.