Mundo registra segundo julho mais quente da história
Temperatura média superficial atingiu 16,91ºC no mês; marco quebra sequência de calor de 13 meses
A Terra registrou o segundo mês de julho mais quente da história. Dados do observatório europeu Copernicus, divulgados nesta quinta-feira (8), mostram que o mês teve uma temperatura média superficial de 16,91ºC, número 0,68ºC acima da média de 1991-2020 e apenas 0,04ºC abaixo da alta anterior, registrada em julho de 2023.
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Na Europa, a temperatura ficou 1,49ºC acima da média de 1991-2020, sendo o segundo mês de julho mais quente já registrado na região desde 2010. Os termômetros também ficaram acima da média no oeste dos Estados Unidos e do Canadá, na maior parte da África, do Oriente Médio e da Ásia e no leste da Antártida.
Apesar de preocupante, o marco quebra a sequência de calor. Desde junho do ano passado, o planeta vinha quebrando recordes de temperatura, sobretudo devido à intensificação da crise climática. O El Niño também influenciou o aumento das temperaturas globais, já que o fenômeno meteorológico atingiu seu pico no início deste ano.
Isso fez com que os meses atingissem temperaturas médias globais iguais ou superiores a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900). O cenário é de alerta, uma vez que o aquecimento acima desse marco deve provocar consequências extremas para o meio ambiente e a humanidade, como queimadas, secas e chuvas torrenciais.
Outra consequência é o derretimento em maior velocidade das geleiras, fazendo com que o nível do mar suba constantemente por centenas de anos. Segundo cientistas, isso pode fazer com que cidades costeiras como Santa Mônica, na Califórnia, e Rio de Janeiro, no Brasil, fiquem completamente submersas, desaparecendo do mapa.
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"O contexto geral não mudou. Nosso clima continua esquentando", disse a vice-diretora do Copernicus, Samantha Burgess, em comunicado.