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De aves a peixes: ONU alerta para risco de extinção de espécies migratórias

Atividade humana e alterações climáticas influenciam perda de habitat animal ao redor do mundo

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A ação humana está prejudicando cada vez mais o habitat animal. Um relatório da Conservação das Nações Unidas para Espécies Migratórias de Animais Selvagens (CMS), divulgado nesta segunda-feira (12), apontou que 44% das espécies migratórias estão apresentando declínios populacionais, enquanto 22% estão ameaçadas de extinção.

A migração animal é um comportamento no qual os animais viajam de um habitat para outro em busca de comida, melhores condições de clima ou mesmo para se reproduzirem. O fenômeno - realizado por pássaros, mamíferos, peixes e insetos - acontece sazonalmente e as distâncias percorridas variam de acordo com cada espécie.

Segundo o relatório, o declínio populacional das espécies está sendo influenciado, sobretudo, pela exploração humana - incluindo caça insustentável e sobrepesca - e por atividades que resultam na perda de habitat animal, como o desmatamento. Alterações climáticas, poluição e espécies invasoras também impactam no cenário.

Nos últimos 30 anos, 70 das 1.189 espécies migratórias listadas no CMS tornaram-se mais ameaçadas. A principal preocupação está no segmento de peixes, uma vez que 97% das espécies estão enfrentando um risco alto de extinção - incluindo tubarões, raias e esturjões. Desde 1970, as populações diminuíram cerca de 90%.

O estudo também levou em consideração as espécies migratórias que estão em risco, mas não são abrangidas pela Convenção. Ao todo, constatou-se que 399 espécies migratórias - principalmente aves e peixes - são classificadas como ameaçadas ou quase ameaçadas de extinção.

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“A comunidade global tem a oportunidade de traduzir esta ciência mais recente das pressões enfrentadas pelas espécies migratórias em ações concretas de conservação. Dada a situação precária de muitos desses animais, não podemos nos dar ao luxo de adiar e devemos trabalhar juntos para tornar as recomendações uma realidade", alertou Inger Andersen, subsecretária-geral da ONU e diretora executiva do Programa para o Meio Ambiente.

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