Ao menos 42 jornalistas foram mortos em Gaza desde o início da guerra, diz ONG
Casos de desaparecimentos e prisões também foram registrados, além de assassinatos de familiares
Um levantamento do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) revelou que ao menos 42 jornalistas e profissionais de imprensa foram mortos enquanto faziam a cobertura da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas na Faixa de Gaza -- iniciada em 7 de outubro. Dos mortos, 37 eram palestinos, quatro israelenses e um libanês.
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Entre os mortos está Mohammad Jarghoun, jornalista da Smart Media. Ele foi baleado enquanto fazia uma reportagem sobre o conflito em uma área a leste da cidade de Rafah, no sul de Gaza. Assaad Shamlakh, jornalista freelancer, foi morto junto com nove membros da família em um ataque aéreo israelense enquanto estava em casa, em Sheikh Ijlin.
Além dos óbitos, o CPJ contabilizou nove profissionais feridos, três desaparecidos e 13 presos. Relatos de múltiplas agressões, ameaças, ataques cibernéticos, censura e assassinatos de familiares também foram registrados.
"O CPJ enfatiza que os jornalistas são civis que fazem um trabalho importante em tempos de crise e não devem ser alvo. Jornalistas de toda a região estão fazendo grandes sacrifícios para cobrir este conflito de partir o coração. Os habitantes de Gaza, em particular, pagaram e continuam a pagar um preço sem precedentes e enfrentam ameaças exponenciais", disse Sherif Mansour, coordenador do CPJ para o Oriente Médio.
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A Faixa de Gaza é um território palestino de 41 km de comprimento e 10 km de largura, que faz fronteira com Israel e Egito. O local, que tem o território menor que a cidade do Rio de Janeiro, era abrigo de 2,1 milhões de pessoas antes da guerra e está entre os alvos constantes do exército israelense por ser abrigo do Hamas. Até o momento, mais de 11 mil pessoas foram mortas.