Egito apela por acesso à Faixa de Gaza para proporcionar ajuda humanitária
Bombardeios israelenses já deixaram mais de 1,2 mil mortos e 5,7 mil feridos
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito emitiu um comunicado, nesta 5ª feira (12.out), apelando para que o exército de Israel libere o acesso à Faixa de Gaza para ajuda humanitária. A declaração acontece após o país afirmar que manterá o "certo total" ao local até que o grupo Hamas libere os reféns capturados em Israel, no último dia 7.
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A Faixa de Gaza é um território palestino de 41 km de comprimento e 10 km de largura, que faz fronteira com Israel e Egito. O local, que tem o território menor que a cidade do Rio de Janeiro, é abrigo de 2,1 milhões de pessoas, que atualmente estão sofrendo com o desabastecimento de água, energia, alimentos e combustível devido ao isolamento feito pelo exército israelense.
Além disso, mais de 338 mil pessoas estão deslocadas devido aos ataques aéreos de Israel, que também já resultaram na morte de 1,203 mil pessoas, enquanto outras 5,763 mil estão feridas. A maioria dos deslocados está abrigada em escolas, incluindo 13 brasileiros que aguardam autorização para retornarem ao país em um dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
"O Egito apela à necessidade de proporcionar acesso urgente e seguro à ajuda humanitária à Faixa de Gaza em resposta aos violentos e contínuos bombardeamentos israelenses", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito, informando que o Aeroporto Internacional Al-Arish continua aberto para envio de itens de sobrevivência.
O apelo da pasta acontece em conjunto com o de organizações internacionais. Pelas redes sociais, o Conselho Norueguês para os Refugiados, por exemplo, pediu a abertura de corredores humanitários para a passagem dos moradores e de paramédicos. O mesmo foi feito pelo Euro-Med Human Rights, que pediu um cessar-fogo temporário de 24 horas para evitar "uma grande catástrofe iminente".
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"Neste momento, Gaza está quase sem combustível, com medicamentos e alimentos em níveis perigosamente baixos. Esta área incrivelmente densamente povoada está sob cerco total e bombardeamento implacável por parte de Israel. Devemos ser capazes de levar assistência vital à população de Gaza o mais rapidamente possível", disseram as entidades.