"Cerco total" à Gaza é proibido pelo direito humanitário, diz ONU
Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos expressou preocupação com vidas palestinas em comunicado
A ONU, Organização das Nações Unidas, divulgou um comunicado nesta 3ª feira (10.out) em que afirma que o "cerco total" à Faixa de Gaza, anunciado pelo ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, é proibido pelo direito humanitário internacional por colocar em risco a vida de civis.
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"A imposição de cercos que ponham em perigo a vida de civis, privando-os de bens essenciais à sua sobrevivência, é proibida pelo direito humanitário internacional", disse o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk.
A preocupação expressada pela ONU vai ao encontro dos apelos da Organização Mundial da Saúde (OMS) pela instalação de um corredor humanitário em Gaza, que garantiria a entrada de insumos essenciais para os palestinos.
"É necessário um corredor humanitário para chegar às pessoas com suprimentos médicos essenciais", afirmou o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic.
O cerco completo à Faixa de Gaza, com corte de eletricidade e bloqueio da entrada de alimentos e combustível, foi ordenado pelo Ministério da Defesa israelense na 2ª feira (9.out). "Estamos impondo um cerco total à Gaza. Sem eletricidade, sem comida, sem água, sem gás, tudo bloqueado", afirmou o ministro Yoav Gallant em um vídeo.
Além do controle da fronteira, o exército de Israel anunciou que está realizando um dos maiores ataques aéreos de todos os tempos contra o Hamas em Gaza. Entre sábado (7.out) e 2ª, mais de 1,2 mil alvos foram atingidos, incluindo armazéns e fábricas de armas, centros de comando e controle e lançadores de foguetes.
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