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Lula e líderes estrangeiros defendem fim das sanções à Venezuela se país realizar eleições justas

Os chefes de Estado pedem a retomada das negociações entre o governo venezuelano e a oposição

Imagem da noticia Lula e líderes estrangeiros defendem fim das sanções à Venezuela se país realizar eleições justas
Lula e outros chefes de Estado durante reunião à margem da Cúpula CELAC-União Europeia
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Um dia após intermediar uma reunião entre a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, e Gerardo Blyde, um dos líderes da oposição no país, os presidentes do Brasil, França, Colômbia, Argentina e Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores, defenderam eleições justas e transparentes na Venezuela. O encontro ocorreu à margem da Cúpula CELAC-União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica

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No documento divulgado nesta 3ª feira (18.jul), Luiz Inácio Lula da Silva, Emmanuel Macron, Gustavo Petro, Alberto Fernandez e o Alto Representante da UE fizeram um apelo em "prol de uma negociação política que leve à organização de eleições justas para todos, transparentes e inclusivas, que permitam a participação de todos que desejem".

Ainda segundo o comunicado, todos os tipos de sanções impostas à Venezuela devem ser suspensas se o país organizar eleições livres. 

"Esse processo deve ser acompanhado de uma suspensão das sanções, de todos os tipos, com vistas à sua suspensão completa", diz a declaração

O pleito presidencial do país vizinho acontece no ano que vem. Ao SBT News, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que, "se chamado", o Brasil quer participar da observação e mediação nas eleições do país. 

Leia a declaração completa:

" Paralelamente à Terceira Cúpula de Líderes da União Europeia e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), o Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, o Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o Presidente da República da Colômbia, Gustavo Petro, o Presidente da República Argentina, Alberto Fernandez, e o Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, reuniram-se com Delcy Rodriguez, Vice-Presidenta do Governo da República Bolivariana da Venezuela, e Gerardo Blyde, negociador-chefe da Plataforma Unitária da oposição venezuelana. Essa iniciativa dá seguimento ao debate sobre a situação na Venezuela, organizado pelo Presidente da República Francesa no Fórum pela Paz de Paris, em novembro de 2022.

Os presidentes da Argentina, Brasil, Colômbia e França, assim como o Alto Representante, expressaram sua solidariedade com os países que acolhem cidadãos venezuelanos que deixaram seu país. Eles saudaram a assinatura na Cidade do México de um acordo social inter-venezuelano, em 26 de novembro de 2022, e solicitaram sua implementação efetiva o mais rapidamente possível, em prol do povo venezuelano.

Os Chefes de Estado e o Alto Representante instaram o governo venezuelano e a plataforma unitária da oposição venezuelana a retomar o diálogo e a negociação no âmbito do processo do México, com o objetivo de chegarem a um acordo, entre outros pontos da agenda, sobre as condições para as próximas eleições. Eles fizeram um apelo em prol de uma negociação política que leve à organização de eleições justas para todos, transparentes e inclusivas, que permitam a participação de todos que desejem, de acordo com a lei e os tratados internacionais em vigor, com acompanhamento internacional. Esse processo deve ser acompanhado de uma suspensão das sanções, de todos os tipos, com vistas à sua suspensão completa.

Os Chefes de Estado e o Alto Representante concordaram que o relançamento das relações entre a UE e a CELAC representa uma oportunidade de trabalhar em conjunto em prol da resolução da situação venezuelana. Eles propuseram que os participantes da reunião continuem a dialogar, no marco das iniciativas estabelecidas, de forma a fazer um novo balanço no Fórum de Paz de Paris em 11 de novembro de 2023."

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