Liberdade religiosa foi violada em 61 países entre 2021 e 2022, diz relatório

A liberdade religiosa foi violada em 61 países entre 2021 e 2022, impactando 4,9 bilhões de pessoas. É o que aponta o relatório divulgado pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que constatou o aumento de casos de discriminação e perseguição nos países, bem como de crimes de ódio. A impunidade pelos atos também cresceu.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Segundo os dados, houve atos graves de violação em 28 países. No topo do ranking está o Afeganistão, que voltou a ser comandado pelo grupo extremista Talibã, seguido por Bangladesh e Burkina Faso. Entre as principais influências para o cenário estão o nacionalismo étnico-religioso, o extremismo islamista e governos autoritários.

O aumento do controle, incluindo a vigilância em massa, também teve impacto nos grupos religiosos. No Ocidente, as redes sociais foram utilizadas para marginalizar e visar grupos religiosos, sobretudo em meio à "cultura do cancelamento", que evoluiu do assédio verbal para incluir ameaças legais e perda de oportunidades de emprego.

Na América Latina, o relatório destaca o aumento dos ataques a líderes religiosos e a colaboradores das igrejas por grupos criminosos organizados e perante a passividade dos regimes políticos. Durante o período de análise, por exemplo, 14 integrantes do clero foram assassinados na Bolívia, Haiti, Honduras, México, Paraguai, Peru e Venezuela.

Confira os 10 principais países com violações religiosas

1. Afeganistão
2. Bangladesh
3. Burkina Faso
4. Camarões
5. Chade
6. China
7. República Democrática do Congo
8. Eritreia
9. Índia
10. Irã

Leia também

+ Seita no Quênia: autoridades encontram mais de 300 corpos enterrados em valas

+ Criminoso terraplanista vandaliza capela no interior de SP

+ Bispo é ameaçado por homem armado após celebrar missa em MG