Japoneses protestam contra despejo de água contaminada de Fukushima no oceano
Mesmo com tratamento, líquido pode apresentar riscos à saúde humana e ao meio ambiente
Dezenas de japoneses foram às ruas, nesta 3ª feira (16.mai), para protestar contra o plano do governo de despejar a água da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico. Apesar das autoridades garantirem que irão tratar o líquido, a população afirma que a água continuará contaminada, prejudicando o meio ambiente e a vida marinha.
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As águas de Fukushima, contaminadas em 2011 após um acidente nuclear, estão armazenadas em mais de mil tanques que precisam ser desocupados e removidos para que a usina seja desativada - um processo que deve levar de 30 a 40 anos. O plano é que a água seja despejada gradualmente no oceano por meio de um túnel.
Segundo a Tokyo Electric Power, operadora do despejo, as instalações para a liberação do líquido estão em fase final, especulando o início dos trabalhos ainda no primeiro semestre. Além de ativistas, comunidades pesqueiras protestam contra o plano, bem como autoridades da Coreia do Sul, China e Organização das Nações Unidas (ONU).
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"O Japão observou que os níveis de trítio [encontrado na água] são muito baixos e não representam uma ameaça à saúde humana. No entanto, os cientistas alertam que o trítio na água se liga organicamente a outras moléculas, subindo na cadeia alimentar afetando plantas, peixes e humanos. Eles dizem que os perigos radioativos do trítio foram subestimados e podem representar riscos por mais de 100 anos", disse Marcos Orellana, relator especial da ONU.
