Posse de Lula é destaque em jornais internacionais
Veículos citaram discursos do petista e aumento da força de segurança no evento
Assim como o processo eleitoral brasileiro, a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi destaque nos jornais internacionais. O petista, eleito no segundo turno com 50,9% dos votos válidos, assumiu o cargo pela terceira vez na tarde de domingo (1º.jan), tornando-se o 39º presidente da República Federativa do Brasil.
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Na tarde da posse, Lula fez dois discursos, sendo um no Congresso e outro no Parlatório. A defesa da democracia e do diálogo político foram destacados pela emissora alemã Deutsche Welle, assim como a entrega da faixa presidencial, que não foi feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas sim por oito representantes do povo brasileiro.
O mesmo foi noticiado pela agência norte-americana Associated Press e pelo jornal francês Le Monde, que classificaram a posse de Lula como "ápice de um retorno político que está emocionando apoiadores e enfurecendo oponentes em uma nação fortemente polarizada". Já o espanhol El País destacou o número de ministérios do novo governo - 37.
O aumento excepcional da força de segurança foi citada pelo italiano Ansa e pela emissora Al Jazeera, que tem sede no Oriente Médio. Isso porque, durante a cerimônia de posse, mais de 10 mil policiais e soldados foram mobilizados para reforçar a segurança no evento, registrando o maior contingente da história.
A operação foi planejada para garantir o bem-estar dos presentes, assim como de Lula, em meio às recentes ameaças à cerimônia. No fim de dezembro, por exemplo, um apoiador de Bolsonaro foi preso após colocar uma bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. Um dia depois, um artefato explosivo foi encontrado na DF-290 do Gama.
O jornal britânico The Guardian, por sua vez, destacou as críticas de Lula em relação ao governo anterior. Na declaração, o político citou a morte de quase 700 brasileiros devido ao surto de covid-19, que, para ele, foi "mal administrado" pela última gestão. O aumento da pobreza, da violência e do desmatamento também foram citados pelo presidente.
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