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Ano termina com recorde de 100 milhões de deslocados, diz ONU

Cenário mundial é influenciado por conflitos, perseguição e violações de direitos humanos

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Cifra aumentou 10 milhões no período de um ano, sobretudo em meio à guerra da Rússia contra a Ucrânia | UNOCHA/Oleksandr Ratushniak
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O ano de 2022 termina com o número recorde de 100 milhões de deslocados. A cifra, divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU), aumentou 10 milhões no período de um ano, sobretudo em meio à guerra da Rússia contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro, que já acumula mais de 16 milhões de refugiados ao redor do mundo.

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Segundo a entidade, a violência é o principal motivador do deslocamento dos moradores. Além da Ucrânia, países como Iêmen e Síria, que enfrentam conflitos internos há anos, também compõem a lista de alto número de fugitivos. A perseguição, por sua vez, está em segundo lugar e atinge locais como Mianmar, onde houve um golpe de Estado.

O cenário é prejudicado ainda pela violação de direitos humanos e a piora nas condições climáticas. No Afeganistão, por exemplo, a volta do governo Talibã é um grande desafio para a população, uma vez que cada dia mais direitos femininos são revogados.

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O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, afirmou que o número de deslocados deste ano é um "recorde que nunca deveria ter sido alcançado". Ele também chamou atenção para os milhares de mortos em tentativas de travessias marítimas para a Europa, principalmente no Mar do Mediterrâneo.

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