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Donald Trump é intimado formalmente a depor sobre invasão ao Capitólio

Comitê que investiga o ataque de 6 de janeiro de 2021 deu até 14 de novembro para ele prestar depoimento

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Donald Trump
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O Comitê do Congresso dos Estados Unidos que investiga a invasão ao Capitólio em janeiro de 2021 intimou formalmente o ex-presidente Donald Trump nesta 6ª feira (21.out), convocando-o a prestar depoimento até 14 de novembro.

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Na carta enviada aos representantes do ex-presidente dos EUA, a comissão composta por sete democratas e dois republicanos afirma que reuniu "evidências contundentes" de que ele "orquestrou pessoalmente" um esforço para reverter sua derrota nas eleições de 2020, inclusive espalhando falsas alegações de fraude eleitoral generalizada, "tentando corromper" o Departamento de Justiça e pressionando autoridades estaduais, membros do Congresso, e seu vice-presidente para tentar mudar os resultados.

"Conforme demonstrado em nossas audiências, reunimos evidências contundentes, inclusive de dezenas de seus ex-nomeados e funcionários, de que você pessoalmente orquestrou e supervisionou um esforço de várias partes para derrubar as eleições presidenciais de 2020 e obstruir a transição pacífica de poder.", afirmam os legisladores

Ainda segundo o documento, o ex-presidente deve testemunhar, seja no Capitólio ou por videoconferência, até 14 de novembro, com a possibilidade do depoimento se estender por vários dias. A carta também delineia uma série de documentos, incluindo telefonemas pessoais entre Trump e membros do Congresso, bem como grupos extremistas, que devem ser entregues ao comitê. 

A investigação, que já dura 15 meses, escutou os depoimentos de vários ex-funcionários da Casa Branca durante o mandato de Trump, deixando evidente de que ele foi informado repetidamente por aqueles ao seu redor que a eleição havia acabado, mas, sem aceitar, orquestrou o cerco, que acabou com 850 pessoas presas, cinco mortos e 140 policiais feridos.  

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Segundo os legisladores, apesar das evidências já reunidas, somente um depoimento do próprio Donald Trump pode trazer à luz o que ele fazia no momento exato da invasão. 

"Reconhecemos que uma intimação a um ex-presidente é uma ação significativa e histórica", escreveram o presidente da CPI, Bennie Thompson, e a vice-presidente, Liz Cheney, na carta a Trump. "Não tomamos esta ação de forma leviana."

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O painel enraizou sua ação na história, listando ex-presidentes de John Quincy Adams a Gerald Ford que testemunharam perante o Congresso após deixarem o cargo e observando que mesmo presidentes em exercício responderam a intimações do Congresso.

Trump, no entanto, pode se recusar a comparecer, e não há precedentes na história que apontem para o que o comitê pode fazer neste caso. Steve Bannon, ex-assessor e aliado de Trump, foi condenado por desacato em julho e sentenciado também nesta 6ª feira (21.out) a quatro meses de prisão. Contudo, acusar um ex-presidente por desacato seria outra questão, verdadeiramente excepcional.

Veja a intimação na íntegra 

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