Colômbia quer pagar dívidas externas com proteção da Amazônia
Desflorestamento cresceu 1,5% em 2021 com avanço da agropecuária
Pablo Valler
Como forma de pagamento das dívidas externas que tem, a Colômbia negocia uma moeda de troca que, primeiramente, pode causar estranheza. Mas, está de acordo com negociações recorrentes entre países na atualiadade: a conservação do meio ambiente.
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A ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad, espera que aqueles países que não tem mais como proteger florestas - pela simples falta delas - e, por isso, podem perder parcerias comerciais, paguem à Colômbia pela proteção da Amazônia, com programas de fiscalização de queimadas e desmate, assim como controle e adaptação dos manejos da pecuária para práticas mais sustentáveis.
A floresta amazônica é considerada uma importante ferramenta da Terra para controle de temperaturas e regime de chuvas. A Colômbia tem 483.119 km² dela, o que compreende a 42% do território do país.
Assim como o Brasil, o país vizinho tem dificuldade para combater os incêndios e desmatamentos, que cresceram 1,5% entre 2021 e 2020.
O problema cresceu com o avanço da agropecuária, que passou a ocupar espaços abandonados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Os rebeldes deixaram a região após os conflitos de 2016.
Os programas de proteção como pagamentos das dívidas internacionais são uma ideia de governo do presidente recém-empossado Gustavo Petro.
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