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Talibã diz não ter dados sobre presença de Al Zawahiri no Afeganistão

Líder da Al-Qaeda foi morto no último fim de semana durante uma operação militar dos Estados Unidos

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Governo instruiu as agências de inteligência a conduzirem uma investigação sobre o ataque norte-americano | Reprodução/Twitter
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O governo Talibã divulgou, nesta 5ª feira (4.ago), uma nota afirmando "não ter informações" sobre a presença de Ayman Al Zawahiri, chefe da Al-Qaeda, no Afeganistão durante a operação militar dos Estados Unidos. Segundo as autoridades, não há dados sobre a chegada ou estadia do sucessor de Osama Bin Laden em Cabul, capital do país, onde o governo norte-americano afirmou tê-lo matado.

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"A liderança do Emirado Islâmico do Afeganistão instruiu as agências de investigação e inteligência a conduzirem uma investigação abrangente e séria sobre os vários aspectos do incidente. Condenamos o fato de que a América invadiu nosso território e violou todos os princípios internacionais mais uma vez. Se tal ação for repetida, a responsabilidade de quaisquer consequências será sobre os Estados Unidos", diz o comunicado.

Na 3ª feira (2.ago), o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, afirmou que a ação foi uma "violação clara" do acordo de Doha, assinado pelos governos do Afeganistão e dos Estados Unidos em 2020. Com o objetivo de promover a paz, o acordo definiu a retirada das tropas militares norte-americanas do país após duas décadas de conflito, mas sob a condição de que o território não voltasse a ser um "santuário de terroristas".

Isso porque, entre 1996 e 2001, o governo Talibã foi marcado pelo apoio de Osama Bin Laden, ex-líder da Al-Qaeda e responsável pelo ataque de 11 de setembro nos Estados Unidos, que resultou na morte de quase 3 mil pessoas. Ele foi morto no dia 2 de maio de 2011, após uma operação militar norte-americana na cidade de Abbottabad, localizada próxima a Islamabad, capital do Paquistão.

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Na época, o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, informou que a ação levou 40 minutos e contou com 25 soldados da Marinha. Cerca de 11 anos depois, no dia 1º de agosto, o chefe da Casa Branca, Joe Biden, declarou que Al Zawahiri foi morto após o disparo de um drone em Cabul. Durante pronunciamento, ele frisou que "a justiça foi feita".

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