G7 pede que comunidade internacional ajude aliviar escassez de alimentos
Cenário global foi intensificado devido à invasão russa na Ucrânia e o bloqueio de exportações
Camila Stucaluc
Os líderes do G7, grupo que reúne as sete principais economias do mundo, pediram que a comunidade internacional ajude a aliviar a escassez de alimentos. Em reunião nesta 3ª feira (28.jun), os representantes dos países citaram a guerra da Rússia contra a Ucrânia, que vem intensificando o cenário de insegurança alimentar global.
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"Como recurso a curto prazo, pedimos aos sócios que têm reservas importantes de alimentos, assim como ao setor privado, que disponibilizem os alimentos sem distorcer os mercados, inclusive apoiando a estratégia de compra do Programa Mundial de Alimentos", pediram os líderes, acrescentando que oferecerão uma ajuda adicional de US$ 4,5 bilhões para a causa.
No texto, o G7 reiterou o apelo "urgente" à Rússia para que desbloqueie os portos ucranianos no Mar Negro e interrompa a "apropriação ilegal" de produtos e equipamentos agrícolas na Ucrânia. "Tais ações podem apenas ser consideradas como um ataque com motivação geopolítica contra a segurança alimentar mundial", frisaram.
Com a interrupção das exportações, além da escassez, o preço dos alimentos vêm sofrendo um aumento significativo no mercado global. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o valor cobrado pelo trigo, por exemplo, cresceu 56,2% em um ano, enquanto o preço referente aos óleos vegetais registrou alta de 3,5% em maio.
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Nesta semana, o secretário-geral da ONU, António Guterres, informou que está trabalhando "intensamente" para desbloquear as exportações de produtos alimentícios procedentes da Ucrânia. Além do diálogo com o governo local, estão sendo feitos contatos com representantes da Rússia, Turquia, Estados Unidos e União Europeia.