Inflação no Reino Unido chega a 9% em abril, maior alta em 40 anos
Número foi puxado pelo aumento no preço dos combustíveis e alimentos devido à guerra na Ucrânia
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O Escritório de Estatística do Reino Unido informou, nesta 4ª feira (18.mai), que a inflação dos preços ao consumidor atingiu 9% em abril, a maior taxa para o mês desde 1982. Na zona do euro, o número chegou a 7,4% em termos anuais, impulsionado pelo aumento dos custos de combustível e alimentos.
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Em comunicado, o ministro das Finanças, Rishi Sunak, afirmou que "países ao redor do mundo enfrentam uma inflação crescente" e que o índice de abril no Reino Unido procede do custo da energia. Segundo ele, os efeitos indiretos da invasão da Ucrânia pela Rússia significam que as contas provavelmente aumentarão novamente em outubro.
"Não podemos proteger completamente as pessoas desses desafios globais, mas estamos fornecendo apoio significativo onde podemos e estamos prontos para tomar mais medidas", disse Sunak.
As críticas ao governo, no entanto, estão cada vez mais intensas no país, uma vez que tanto organizações como cidadãos denunciam a ação insuficiente da gestão nacional na crise do custo de vida. Nos relatos, moradores falam que são obrigados a limitar os gastos com refeições ou calefação - sistema de aquecimento em ambientes fechados.
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No início da semana, por exemplo, o presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, classificou a situação como "apocalíptica" para os preços dos alimentos e advertiu que a inflação, que deve superar 10% até o fim do ano no Reino Unido, pode ser ainda maior se a Ucrânia não conseguir exportar suas colheitas.