Canadá proibirá entrada de Putin e ministros russos no país devido à guerra
Para tornar proibição possível, governo canadense vai alterar Lei de Imigração
SBT News
O governo do Canadá vai proibir a entrada de cerca de mil russos no país, incluindo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por causa da guerra na Ucrânia, segundo comunicado divulgado nesta 3ª feira (17.mai) pela Agência de Serviços de Fronteira canadense (CBSA, na sigla em inglês).
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A nota acrescenta que, para tornar a proibição possível, o ministro de Segurança Pública do Canadá, Marco Mendicino, "introduzirá mudanças legislativas na Lei de Imigração e Proteção aos Refugiados (IRPA)". Com as alterações, a CBSA poderá negar a entrada no território canadense e remover do país os indivíduos sujeitos a sanções sob a Lei de Medidas Econômicas Especiais (SEMA). Além disso, funcionários da Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá (IRCC) poderão negar vistos.
Os cerca de mil russos cuja entrada o Canadá proibirá foram sancionados pelo governo do país com base na SEMA. Entre eles, estão também o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, o das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e o da Justiça, Konstantin Chuychenko. Quando as mudanças na IRPA entrarem em vigor, serão aplicadas não só para todos os estrangeiros sujeitos a sanções no território canadense, mas também para seus familiares acompanhantes. O governo do Canadá explica também que "o IRPA estabelece os critérios aplicáveis a todos os estrangeiros e residentes permanentes que pretendam entrar no país e define os fatores que tornam uma pessoa inadmissível".
A CBSA classificou a invasão russa à Ucrânia como "uma guerra contra a democracia, os direitos humanos e o direito dos ucranianos de escolher seu próprio futuro". "Seja apoio militar, político ou econômico, o Canadá continuará a apoiar a Ucrânia em seu momento de necessidade e responsabilizará a Rússia. Uma parte central de nossa resposta tem sido as sanções econômicas, para responsabilizar os responsáveis pela agressão russa", completou.
Em 21 de abril deste ano, como retaliação às sanções que estavam sendo impostas pelos governos dos Estados Unidos e Canadá contra a Rússia por causa da guerra na Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores russo anunciou uma lista com 29 americanos e outra com 61 canadenses que, a partir daquele momento, estavam proibidos -- por tempo indeterminado -- de entrar no território do país.
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