EUA prometem enviar mais US$ 800 mi em ajuda militar a Kiev
Imagens divulgadas pela Rússia são, segundo o Kremlin, a prova de que Moscou agora controla Mariupol
Os Estados Unidos prometeram enviar mais US$ 800 milhões (R$ 3,7 bilhões) em ajuda militar a Kiev, atendendo a um pedido do presidente ucraniano por mais armas. Depois de quase 50 dias de batalha, a Rússia afirma ter assumido o controle da região portuária de Mariupol.
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Desolados, soldados ucranianos deixaram uma usina siderúrgica e caminharam em direção aos inimigos. Alguns levavam colegas feridos. As imagens do momento foram divulgadas pelo governo russo e são, segundo o Kremlin, a prova de que Moscou agora tem o controle de Mariupol. O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia afirma que, entre os mais de mil soldados ucranianos capturados, há 162 oficiais e 47 mulheres. Todos agora são prisioneiros de guerra.
Os ucranianos dizem que ainda há resistência e que os inimigos não tomaram toda a cidade. Nesta 4ª feira (13.abr), o governo russo chamou Joe Biden de hipócrita. O presidente norte-americano classificou como genocídio o que se passa na Ucrânia. Os russos também rejeitaram uma proposta de troca de prisioneiros. O governo da Ucrânia oferecia o líder da oposição do país. Viktor Medvedchuk é ucraniano, mas defende o alinhamento com a Rússia. É aliado de Putin, que é até padrinho da filha dele.
Volodymyr Zelensky avisou aos russos que vai capturar todos que colaboram com a invasão. Ele também acusa Moscou de usar bombas de fósforo, proibidas pela comunidade internacional, e insiste que precisa de mais armas para esta fase do conflito. Muitas já foram doadas, como mísseis antiaéreos e artilharia antitanques. E muito mais, prometem os europeus e os Estados Unidos, ainda está para chegar à Ucrânia. Sem essa ajuda, o país tem menos chances diante das forças armadas da Rússia, que sabe da dificuldade logística para que essas armas cheguem. Nesta 4ª, o ministro das Relações Exteriores russo avisou que qualquer veículo estrangeiro carregando armas em território ucraniano será visto como um alvo legítimo para ataques, uma tentativa de dificultar essa operação.
Segundo o governo da ucrânia, os russos estão prontos para uma ofensiva no leste do país, onde um dos últimos bombardeios quase impediu que o companheiro de um idoso ucraniano se encontrasse com ele novamente.
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