Unicef pede retorno às aulas presenciais
A estimativa é de que 405 milhões de estudantes estejam fora dos sistemas
Ao menos 23 países ainda não voltaram a ter aulas presenciais. A iniciativa coloca em risco a educação de meninos e meninas e deixa 405 milhões de alunos e alunas fora do ensino, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.
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Além da necessidade da volta às aulas, o Unicef diz que é preciso avaliar onde as crianças "estão em seu aprendizado, fornecer-lhes o apoio intensivo de que precisam para recuperar o que perderam e garantir que os professores tenham os recursos de treinamento e aprendizado de que precisam. 147 milhões de crianças perderam mais da metade de aulas presenciais nos últimos dois anos. O total de horas equivale a 2 trilhões.
A diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, destaca que mesmo antes da crise de saúde as crianças mais marginalizadas estavam ficando para trás." A crescente desigualdade no acesso à aprendizagem significa que a educação corre o risco de se tornar o maior divisor, não o maior equalizador. Quando o mundo deixa de educar seus filhos, todos nós sofremos", lamentou Russel.
Para o Unicef, as crianças nessa situação estão entre os mais vulneráveis e marginalizados da sociedade. Elas têm menores chances de ler, escrever ou fazer contas básicas. O grupo fica isolado ainda da rede de segurança oferecida pelas escolas e aumenta o risco de exposição à exploração, pobreza e privação.