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Afeganistão: 7 em cada 10 famílias precisam pedir comida para sobreviver

Segundo PMA, maior preocupação é a aproximação do inverno

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Cerca de 15 milhões de afegãos já receberam assistência do programa somente neste ano | Julian Frank/PMA
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A crise humanitária no Afeganistão está se intensificando a cada dia. Segundo informações do Programa Mundial de Alimentos (PMA), 98% dos moradores não têm acesso suficiente à alimentação. Entre eles, estão famílias que tiveram que optar por alimentos mais baratos (90%), comer menos (80%) ou pedir por doação de alimentos (70%).

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O número é 17% maior do que o registrado em agosto deste ano, mês em que o grupo extremista Talibã tomou o poder do país. Para o PMA, a maior preocupação, no momento, é a aproximação do inverno e o possível aprofundamento da crise. "Estamos apavorados que este seja apenas o ponto de inflexão. Já estamos vendo isso antes de entrarmos no auge do inverno", disse a diretora da entidade no país, Mary-Ellen McGroarty, ressaltando o alto número de crianças que estão sendo internadas por desnutrição.

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Segundo os dados, cerca de 15 milhões de afegãos já receberam assistência do programa neste ano, sendo 7 milhões apenas no mês passado. A ajuda, no entanto, ainda está longe de atender às 23 milhões de famílias que enfrentam situações de insegurança alimentar grave. Em pronunciamento, McGroarty reforçou que a crise enfrentada no Afeganistão deve ser tema de mais discussões políticas. 

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