Polícia italiana usa jatos d'água para conter ato contra Bolsonaro
Cerca de 500 ativistas foram a cidade de Pádua protestar; uma mulher foi presa pelas autoridades locais
SBT News
Cerca de 500 manifestantes foram às ruas de Pádua, na Itália, protestar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesta 2ª feira (1º.nov). As autoridades locais precisaram utilizar jatos d'água para conter o protesto. No mesmo dia, Bolsonaro já havia enfrentado outra manifestação contrária, em Anguillara Vêneta.
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Os ativistas entraram em confronto com os policiais após tentativa de romper o bloqueio feito pelas autoridades em frente à Basílica de Santo Antônio, local que Bolsonaro pretendia visitar. Em imagens captadas pela TV italiana Rai, os participantes do protesto utilizaram mastros de bandeiras, enquanto a polícia os enfrentava com escudos, cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo. Os manifestantes só foram contidos após os jatos d'água, mas continuaram marchando pela cidade, entoando palavras de ordem como "liberdade". Uma mulher foi presa.
Mesmo que Bolsonaro visite a basílica, ninguém irá recebê-lo oficialmente. O prefeito, Sergio Giordani, e os membros da igreja se recusam a encontrá-lo.
Já em Anguillara Vêneta, cidade na qual o presidente brasileiro esteve mais cedo, o político recebeu o título de cidadão honorário das mãos da prefeita, Alessandra Buoso, ligada ao partido de ultradireita Liga Norte. A honraria foi cercada por polêmica. Na cidade, Bolsonaro também foi recebido por ativistas que o chamavam de genocida, em alusão à forma com a qual o político lidou com a pandemia no Brasil.
Os protestos contra Jair Bolsonaro na cidade natal de antepassados do presidente brasileiro começaram ainda na 6ª feira (29.out), quando alguns ativistas atiraram esterco na entrada da prefeitura e picharam a fachada da repartição com "Fora Bolsonaro". Membros da oposição a Alessandra Buoso, como o vereador Antônio Spada, criticaram a homenagem.
No seu último dia na Itália, 3ª feira (2.nov), Bolsonaro estará em Pistoia. O político irá visitar um monumento em homenagem aos soldados brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial, na campanha da Itália. O presidente brasileiro retornará a Brasília no período da tarde e não participaréáda COP26, em Glasgow, Escócia.