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Cúpula Virtual do Clima tem foco em recursos da iniciativa privada

EUA: auxílio a países em desenvolvimento só será possível com integração de recursos públicos e privados

Cúpula Virtual do Clima tem foco em recursos da iniciativa privada
Cúpula Clima
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Nova York -- Um cenário diferente em um evento inédito. Em um dos salões da Casa Branca, uma mesa redonda com grama na parte central. Na parede, projeções dos convidados que participaram remotamente por conta da pandemia. Com alguns problemas técnicos, como na transmissão de áudio em alguns momentos, a Cúpula do Clima passou, no primeiro dia, uma mensagem principal: a ajuda aos países em desenvolvimento virá não apenas com financimento público, mas da iniciativa privada. Joe Biden, no fim da manhã desta 5ª feira (22.abr), deu um recado aos investidores: "Se Wall Street está injetando bilhões de dólares em negócios que podem virar de cabeça para baixo quando a próxima tempestade vier e nós sabemos que haverá mais tormentas, Wall Street precisa deixar claro o risco que está assumindo".
O presidente americano anunciou oficialmente a meta de reduzir pela metade, até 2030, a emissão de gases poluentes que causam o efeito estufa e defendeu a geração de empregos nos projetos ambientais. Terceiro a falar, o secretário geral da ONU, Antonio Guterrez, foi enfático: "Estamos na beira do abismo. Temos que ter certeza dos próximos passos e de que eles estão na direção correta. Líderes de todos os lugares precisam tomar ação". A Cúpula de Biden foi um lugar para discursos ao vivo sem a chance de conversas bilaterais virtuais ou conjuntas. Durante o discurso do presidente argentino, Alberto Fernandez, Joe Biden deixou a sala para receber o resumo das atividades do dia -- algo que estava previsto na agenda oficial divulgada pela Casa Branca. Foi quando falaram na sequência o rei saudita, Salman bin Abdulaziz Al Saud, e o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. John Kerry, enviado especial do clima, reforçou a menagem do governo americano: mobilizar recursos públicos e da iniciativa privada para financiar projetos ambientais nos países em desenvolvimento. 

 

O Plano Internacional de Financiamento Climático


A Casa Branca divulgou ainda os detalhes de um plano internacional de financiamento climático. Primeiro, o governo americano afirma que vai dobrar até 2024 o financiamento público anual destinado às nações em desenvolvimento. A administração Biden também se comprometeu a mobilzar a iniciativa privada em nível mundial para conseguir o dinheiro necessário para ajudar os países que mais precisam e confirmou que os Estados Unidos não vão mais financiar novos projetos de geração de energia conseguida a partir de combustíveis fósseis como petróleo e gás natural. Os americanos querem ainda que os países direcionem o dinheiro investido para iniciativas empresariais que preservem o meio ambiente. Por último, o governo democrata se comprometeu a definir e compartilhar publicamente detalhes do financiamento internacional americano para ações climáticas. 
Ainda nesta 5ª feira foi anunciada a criação de uma coalizão internacional formada por Estados Unidos, Reino Unido, Noruega e empresas privadas para diminuir as emissões de gases poluentes e o desmatamento em países com floresta. O financiamento do grupo vai estar condicionado a ações concretas de redução de poluição e desmatamento antes que a verba seja liberada. Entre os convidados, o papa Franacisco chamou o encontro de líderes de "uma ocasião feliz" e disse: "Nunca saímos os mesmos de uma crise".

 

EUA afirmam que "Bolsonaro deu um tom positivo e construtivo em seus comentários na Cúpula" 


Nesta 5ª feira, um porta-voz do Departamento de Estado afirmou que os comentários do presidente brasiliero na Cúpula virtual foram construtivos e positivos. O porta-voz ainda disse: "Alcançar a neutralidade de carbono até 2050, dez anos antes do comprometido anteriormente, e sem pré-condições é significativo, assim como seu compromisso de dobrar os fundos disponíveis para fiscalização, um passo crucial para eliminar o desmatamento ilegal até 2030. Estamos satisfeitos que o presidente Bolsonaro tenha reconhecido o importante papel do setor privado em nos ajudar a encontrar soluções. Concordamos com sua ênfase no envolvimento necessário dos povos indígenas e comunidades tradicionais na proteção das florestas em pé e da biodiversidade, e com seu reconhecimento do importante papel do setor privado em nos ajudar a encontrar soluções. Muitos detalhes ainda precisam ser resolvidos, e é justo perguntar a todos os países -- Estados Unidos, Brasil e outros -- como vamos alcançar nossos ambiciosos objetivos. Nossa credibilidade se apoiará em planos sólidos, na execução do trabalho e em um foco implacável nos resultados. Alcançar metas ambiciosas requer recursos, e os americanos estão comprometidos com a parceria com os brasileiros nesse esforço. Esperamos continuar trabalhando junto com o Brasil para expandir nosso diálogo e cooperação, com base em nossas décadas de cooperação em desafios ambientais compartilhados."
+ Salles diz que Bolsonaro vai dobrar recurso para o Meio Ambiente
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