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Agência Européia deve liberar 1ª vacina em 29 de dezembro

A vacinação começará pelos imunizantes da Pfizer/BioNTech; em janeiro será a vez da vacina da Moderna

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pesquisa vacinas - divulgação
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A primeira vacina contra a Covid-19 poderá ser liberada pela União Européia no dia 29 de dezembro, confirmou hoje (1.dez) a agência reguladora do bloco. A reunião no penúltimo dia do ano da Agência Européia de Medicamentos vai deliberar sobre o imunizante da Pfizer/BioNTech. 

A parceria entre as farmacêuticas dos Estados Unidos e da Alemanha foi o primeira a finalizar a última etapa de testes e a pedir autorização ao bloco europeu, que recebeu a documentação nesta terça-feira.  

Em 12 de janeiro, será a vez do veredito sobre o imunizante da Moderna, dos Estados Unidos. Ambos tiveram eficácia acima de 94% na fase 3 dos testes, que tem a participação de dezenas de milhares de voluntários.

"Temos que levar em conta que todos os estados-membros precisam ser consultados, mas faremos todo o possível pra chegar a uma decisão muito rapidamente, dada a urgência pra começar as campanhas de vacinação", disse o porta-voz da Comissão Européia, Stefan de Keersmaecker. 

A União Européia tem contratos assinados com seis produtores da vacina e está em negociação com uma sétima farmacêutica. Os europeus já tem garantidos 1,2 bilhão de doses, mais que o dobro da população do continente. 

Ao mesmo tempo em que organizam uma operação logística sem precedentes, países europeus preparam também campanhas educativas pra esclarecer a importância e a segurança das vacinas. Ainda que a maior parte da população queira ser vacinada e que não haja evidências científicas pra colocar em dúvida os benefícios da imunização, o movimento anti-vacina tem um número cada vez maior de simpatizantes entre os europeus.
 

73% querem ser vacinados. Eram 77% em agosto


A última pesquisa sobre o tema foi realizada em outubro, em 15 grandes economias do planeta. O levantamento da Ipsos Mori ouviu 18 mil adultos. Oito dos quinze países tem um percentual de intenção maior do que a média de 73%. Só um deles é europeu. 

Pretendem se vacinar assim que for possível:
 

Desde agosto, houve uma redução no número de pessoas que pretendem ser vacinadas imediatamente em 10 dos 15 países pesquisados. No Brasil, foram 7 pontos percentuais a menos. A maior queda foi na China, que foi de 97% para 85%.

Segura e efetiva

A ministra da Ciência da Alemanha, Anja Karliczek, disse hoje (1.Dez) que o padrão de avaliação da vacina contra a Covid-19 deve ser o mesmo usado para outras vacinas. "Tem que ser segura e efetiva. As pessoas só terão confiança se mantivermos nosso padrão de qualidade".

Em Bruxelas, a presidente da Comissão Européia afirmou que "há uma luz no fim do túnel". Ursula von der Leyen lembrou, no entanto, que a guerra ainda não está vencida. "Nós ainda teremos que ser disciplinados até chegarmos a um ponto em que vírus seja erradicado".
 

Reabertura


Mesmo que a vacinação comece em dezembro, é pouco provável que a maior parte da população européia esteja imunizada até meados do primeiro semestre de 2021. A temporada de festas será um dos grandes desafios para os países que tentam controlar a segunda onda do novo coronavírus. Embora haja sinais de estagnação no nível de transmissão no continente europeu, as próximas semanas podem fornecer o combustível que o vírus precisa pra se espalhar.

O comércio será reaberto em boa parte da Europa. Reino Unido e República Theca, dois dos países com os piores índices no continente, voltam a permitir o funcionamento de setores da economia considerados não essenciais, a partir de amanhã de quinta-feira, respectivamente. 

Para o natal e ano novo, milhões de europeus terão uma trégua de seus governos. Reino Unido, Alemanha e Espanha já confirmaram o relaxamento das restrições em vigência por um período determinado. Nas primeiras semanas de 2021, será possível saber as consequências e quem foi mais rápido, o vírus ou a vacina. 
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