Europa é atingida em cheio pela 2ª onda do coronavírus
Continente vem registrando uma média de 2.500 óbitos diários
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A Europa presenciou nesta 4ª feira (28.out) cenas que poderiam ter sido registradas no início da pandemia. Em um longo pronunciamento televisionado, o presidente Emmanuel Macron anunciou que os franceses só poderão sair de casa para atividades consideradas essenciais, como ir à farmácia, ao médico ou ao supermercado, ou ainda para praticar exercícios físicos ao ar livre. Na Alemanha, o governo decidiu fechar bares, restaurantes, academias de ginástica, piscinas de clubes, teatros e cinemas.
São apenas dois dos mais recentes sinais de que a covid-19 voltou a atingir, em cheio, o continente europeu. Segundo um levantamento feito pela agência de notícias internacionais AFP, o mundo bateu, ontem, o recorde de novos casos confirmados em um único dia: 516.898. Quase a metade deles, na Europa.
A segunda onda do novo coronavírus, que há poucas semanas era tratada por muitos como consequência natural da maior quantidade de testes disponíveis, vem agora despertando preocupação em vários países. A Bélgica já anunciou que negocia a transferência de pacientes para hospitais da Holanda para evitar superlotação. Na Itália, hospitais de Roma operam no limite da capacidade. Autoridades francesas também alertaram para o colapso no sistema de saúde do país, até o início de novembro, se as novas restrições forem desrespeitadas.
Mais contaminações, mais pessoas internadas e, portanto, mais mortes. Desde o início da semana, a Europa vem registrando uma média de 2.500 óbitos diários, índice alcançado somente nos piores momentos da pandemia no continente, seis meses atrás. Diante deste cenário, restrições mais rígidas estão sendo impostas por vários países. Com elas, crescem os protestos daqueles que não aceitam viver um novo período de confinamento. Manifestações, com centenas de participantes, já foram registradas na Itália, no Reino Unido, na Alemanha, na Espanha e na República Tcheca. Entre os ativistas estão desde trabalhadores do setor de serviços, amplamente prejudicados pelas medidas de controle dos governos, até negacionistas da pandemia e grupos antivacina.
Estimativas otimistas dão conta de que uma vacina, se aprovada, poderá ser distribuída para as populações europeias a partir da metade de 2021. Até lá, ao que tudo indica, os europeus terão que conviver com as idas e vindas das restrições. Se os protestos têm a ver com a crise econômica gerada pelo período de inatividade, a tendência é que a situação piore ainda mais com a nova leva de imposições. A previsão de crescimento do PIB para alguns países da Europa em 2020, calculada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), é bastante alarmante: queda de 10,6% na Itália, declínio de 9,8% no Reino Unido e contração de 12,8% na Espanha, por exemplo. Os dados não levam em conta um novo período de fechamento, necessário graças ao agravamento da Covid-19 na região.
Dos dois lados da balança surgem questionamentos: quantas vidas precisaram ser perdidas para que os governos resolvessem agir mais rigorosamente? E por quanto tempo esses mesmos governos vão aguentar segurar alguns setores da economia sem provocar ainda mais desemprego? Perguntas ainda sem resposta para uma pandemia ainda sem solução.
São apenas dois dos mais recentes sinais de que a covid-19 voltou a atingir, em cheio, o continente europeu. Segundo um levantamento feito pela agência de notícias internacionais AFP, o mundo bateu, ontem, o recorde de novos casos confirmados em um único dia: 516.898. Quase a metade deles, na Europa.
A segunda onda do novo coronavírus, que há poucas semanas era tratada por muitos como consequência natural da maior quantidade de testes disponíveis, vem agora despertando preocupação em vários países. A Bélgica já anunciou que negocia a transferência de pacientes para hospitais da Holanda para evitar superlotação. Na Itália, hospitais de Roma operam no limite da capacidade. Autoridades francesas também alertaram para o colapso no sistema de saúde do país, até o início de novembro, se as novas restrições forem desrespeitadas.
Mais contaminações, mais pessoas internadas e, portanto, mais mortes. Desde o início da semana, a Europa vem registrando uma média de 2.500 óbitos diários, índice alcançado somente nos piores momentos da pandemia no continente, seis meses atrás. Diante deste cenário, restrições mais rígidas estão sendo impostas por vários países. Com elas, crescem os protestos daqueles que não aceitam viver um novo período de confinamento. Manifestações, com centenas de participantes, já foram registradas na Itália, no Reino Unido, na Alemanha, na Espanha e na República Tcheca. Entre os ativistas estão desde trabalhadores do setor de serviços, amplamente prejudicados pelas medidas de controle dos governos, até negacionistas da pandemia e grupos antivacina.
Estimativas otimistas dão conta de que uma vacina, se aprovada, poderá ser distribuída para as populações europeias a partir da metade de 2021. Até lá, ao que tudo indica, os europeus terão que conviver com as idas e vindas das restrições. Se os protestos têm a ver com a crise econômica gerada pelo período de inatividade, a tendência é que a situação piore ainda mais com a nova leva de imposições. A previsão de crescimento do PIB para alguns países da Europa em 2020, calculada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), é bastante alarmante: queda de 10,6% na Itália, declínio de 9,8% no Reino Unido e contração de 12,8% na Espanha, por exemplo. Os dados não levam em conta um novo período de fechamento, necessário graças ao agravamento da Covid-19 na região.
Dos dois lados da balança surgem questionamentos: quantas vidas precisaram ser perdidas para que os governos resolvessem agir mais rigorosamente? E por quanto tempo esses mesmos governos vão aguentar segurar alguns setores da economia sem provocar ainda mais desemprego? Perguntas ainda sem resposta para uma pandemia ainda sem solução.
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