Publicidade

Em meio à incertezas, Bolívia escolhe novo presidente

Mais de 7,3 milhões votam após a crise política de 2019, quando Evo Morales renunciou ao cargo

Em meio à incertezas, Bolívia escolhe novo presidente
SBT News
Publicidade
Um ano após uma grave crise, que provocou a renuncia de Evo Morales à presidência da Bolívia, os bolivianos vão escolher um novo presidente, que vai governar o país nos próximos cinco anos, neste domingo (18 out.), diante de várias incertezas.

São 7.332.925 eleitores poderão votar para escolher o novo representante dos bolivianos. Deste montante, mais de 300 mil bolivianos, que moram em 30 países onde a Bolívia tem representação diplomática poderão votar. A maior parte dos eleitores se encontram na Argentina, Espanha, Brasil, Chile, Estados Unidos, Itália e Grã-Bretanha.

Após três suspensões, em maio, agosto e setembro, as eleições finalmente acontecem, mas num momento bem incomum e sob tensão. A Bolívia arrasta uma crise política desde as eleições fracassadas de outubro de 2019, combinado com a pandemia do coronavírus. Isso provocou também uma crise econômica e sanitária no país.

Os bolivianos vão escolher 177 autoridades titulares, o Poder Executivo vai votar em um presidente e um vice-presidente da Bolívia. No Legislativo serão eleitos 36 senadores, 130 deputados nacionais (equivalente aos federais, no Brasil) e nove deputados supra-estaduais. Na Assembleia Legislativa, são eleitos as autoridades titulares e igual ao número de suplentes.

As eleições devem um ponto final no governo de transição de Jeanine Áñez, que assumiu o comando da Bolívia após renúncia e exílio do ex-presidente Evo Morales, após uma crise política, em que houve acusações de que sua vitória eleitoral ter sido anulada em meio a acusações de fraude. Sua expulsão provocou um período de agitação que causou pelo menos 36 mortes. Morales chamou sua derrubada de golpe de estado.


Os principais candidatos que disputam as eleições são:
  • Luís Arce (Movimento Ao Socialismo - MAS), do partido de Evo Morales, é economista e foi ministro da Economia do governo de Evo. É o principal responsável por estatizar empresas e ajudou a Bolívia ter o maior crescimento econômico por quatro anos seguidos.
  • Carlos Mesa (Comunidade Cidadã) concorreu contra Evo Morales nas eleições de 2019, ficou em segundo lugar e é considerado de postura mais de centro. ele também foi presidente da Bolívia entre 2003 e 2005.
  • Luis Fernando Camacho (Unidade Cívica Solidária) é advogado, um líder de extrema-direita boliviana, liderou protestos contra Evo Morales e é conhecido por invadir o Palácio Quemado e colocar, de joelhos, uma bíblia sobre a bandeira da Bolívia.

Observadores internacionais e nacionais

São quase 150 observadores de quatro missões internacionais, - Organização dos Estados Americanos (OEA), ao Centro Carter, à União Europeia (UE) e à União Interamericana de Organizações Eleitorais (Uniore)-, três iniciativas nacionais de observação que vão mobilizar cerca de três mil pessoas, além de milhares de delegados de mesa dos partidos políticos. Oito partidos políticos começaram a concorrer no pleito, no entanto, três deixaram a disputa eleitoral.

Restrições de segurança na votação

A Bolívia enfrentará um processo eleitoral diferente, em meio às restrições impostas pelo coronavírus e ameaça de convulsão social. Diante disso, várias restrições foram impostas para garantir a segurança durante o pleito eleitoral.

Mais de 39 mil policiais serão colocados nas delegacias eleitorais, equivalente aos cartórios eleitorais, para proteger o material de votação e os votos. Os centros de dados terão cordões de segurança e controle de entrada e as Forças Armadas vão disponibilizar de 10 a 12 mil militares.

A circulação de veículos e a transferência de eleitores entre os distritos sem autorização das autoridades eleitorais estão restritos desde a meia-noite deste domingo. Estabelecimento comerciais, restaurantes, praças de alimentação, supermercados e mercados também estarão fechados.

Ao jornal La Presa, a Polícia Nacional da Bolívia garantiu que vai garantir a realização das eleições pacíficas. O comandante-geral advertiu que não serão permitidas convulsões sociais e garantiu que as instituições e a ordem serão assegurados.

 
Publicidade
Publicidade

Assuntos relacionados

portalnews
mundo
mundo
bolívia
presidente
candidatos
eleições

Últimas notícias

Ao falar sobre invasões de terra, Lula diz que agronegócio deve temer bancos e não o MST

Ao falar sobre invasões de terra, Lula diz que agronegócio deve temer bancos e não o MST

Segundo o presidente da República, "faz tempo" que os sem-terra não invadem terras no Brasil
Turistas são encontrados após desaparecerem em caverna de Goiás

Turistas são encontrados após desaparecerem em caverna de Goiás

Grupo visitava o Parque Terra Ronca quando entrou numa caverna sem guia turístico e apenas com os celulares; Eles foram localizados na manhã desta segunda (1°)
Dia 9 de Julho é feriado em todo o Brasil? Saiba quem folga e o que é celebrado

Dia 9 de Julho é feriado em todo o Brasil? Saiba quem folga e o que é celebrado

Data homenageia a Revolução Constitucionalista, quando paulistas lutaram a favor de um governo democrático, em 1932
Lula nega desvincular reajuste de benefícios do salário mínimo

Lula nega desvincular reajuste de benefícios do salário mínimo

Presidente afirmou que é preciso cuidado para mexer em questões relacionadas aos mais pobres
Suprema Corte dos EUA decide que Trump pode ter imunidade parcial

Suprema Corte dos EUA decide que Trump pode ter imunidade parcial

Corte devolveu processos para a 2ª instância, atrasando os julgamentos para depois das eleições de novembro
SC: Em ameaça à ex, homem invade e destrói estabelecimento com carro

SC: Em ameaça à ex, homem invade e destrói estabelecimento com carro

De acordo com a vítima, autor do crime não aceitava o fim do relacionamento; ameaça foi cometida no local de trabalho da mulher
Corregedor nacional de Justiça arquiva processos contra juízes da Lava Jato

Corregedor nacional de Justiça arquiva processos contra juízes da Lava Jato

Para o ministro Luis Felipe Salomão, do STJ, há "ausência de justa causa para abertura de processo administrativo disciplinar"
Polícia investiga caso de fisiculturista encontrado morto na Bahia

Polícia investiga caso de fisiculturista encontrado morto na Bahia

Corpo de Salomão Magnin estava enrolado em lençol, no estacionamento de uma cabana de praia em Porto Seguro
Verme causador da meningite é encontrado em caramujo

Verme causador da meningite é encontrado em caramujo

Instituto Oswaldo Cruz confirmou presença do “parasito” em molusco coletado no município da Baixada Fluminense
Empresário que agrediu esposa é preso por tentativa de feminicídio

Empresário que agrediu esposa é preso por tentativa de feminicídio

Chorando, homem afirmou "não ter nada para se arrepender" na delegacia; crime foi cometido em Goiás
Publicidade
Publicidade