Vereador de SP é julgado por crime de racismo nesta 3ª
"É coisa de preto, né?", disse Camilo Cristófaro (Avante) durante uma sessão na Câmara Municipal, em 2022
Emanuelle Menezes
O vereador de São Paulo Camilo Cristófaro (Avante) será julgado, nesta 3ª feira (2.mai), por crime de racismo. O parlamentar foi flagrado dizendo uma frase racista durante uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos, em maio de 2022.
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"É coisa de preto, né?", disse o parlamentar durante uma reunião semipresencial da CPI. Ele participava da sessão de forma remota.
Na época, a vereadora Luana Alves (PSOL) denunciou Cristófaro por racismo na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. O caso será julgado, agora, pelo juiz Eduardo Giorgetti Peres, da 17ª Vara Criminal da capital paulista.
Logo após a fala racista, o presidente da Câmara, Milton Leite (União), afirmou que lamentava o episódio e que o caso seria apurado pela Corregedoria da casa. Praticamente um ano depois, não há previsão de julgamento para Cristófaro na maior Câmara Municipal da América Latina.
Isso porque o processo na Corregedoria da Câmara de Vereadores de São Paulo não andou. A relatora do caso, a vereadora Elaine Mineiro (PSOL), indicou que Cristófaro deveria ser punido com a suspensão do mandato ou até mesmo com a cassação.
Cristófaro afirmou, na época, que fez "uma brincadeira infeliz".
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