Publicidade
Justiça

CNJ decide por aposentadoria compulsória de Siro Darlan

Desembargador colocou em prisão domiciliar um suspeito de chefiar milícia

Imagem da noticia CNJ decide por aposentadoria compulsória de Siro Darlan
Relatora do caso foi a conselheira Salise Sanchotene
• Atualizado em
Publicidade

Por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta 3ª feira (14.mar) aposentar o desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão foi durante análise de processo administrativo disciplinar (PAD) que analisava três suspeitas de irregularidade contra o magistrado. A principal se refere ao envolvimento de Darlan na soltura de um homem suspeito de liderar a milícia em bairros das zonas Norte e Oeste do Rio.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Segundo o CNJ, o desembargador é acusado de libertar o miliciano da prisão durante um plantão judiciário noturno. Para o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, havia indícios de que o desembargador teria vendido, em setembro de 2016, um habeas corpus a Jonas Gonçalves da Silva, que tinha como advogado o filho do magistrado. A acusação se sustenta em um acordo de colaboração premiada segundo o qual a liminar teria sido negociada por R$ 50 mil.

Sobre esta acusação, o magistrado afirma que sua inocência foi comprovada no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, Siro Darlan disse que sofre uma perseguição implacável partindo de ex-amigos. "Acusam-me de ter visitado um preso sem ter para isto cumprido as rotinas necessárias. Ora, eu, na verdade, visitei o presídio em busca de subsídios para preparar a minha tese da Escola Nacional de Formação de Magistrados", relatou o desembargador. 

"Derrotados na instância penal, decidiram eles contornar a minha absolvição colocando agora um processo administrativo com o qual objetivam deslustrar a minha carreira construída dentro das melhores práticas da magistratura com uma aposentadoria compulsória", concluiu Darlan.

Além da relatora do caso, Salise Sanchotene e dos conselheiros Julio Matuch de Carvalho e Cristovam Dionisio, outros dez membros do CNJ votaram pela pena mais grave, a aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. 

Perfil

O desembargador esteve por quase duas décadas no comando da 1ª Vara da Infância e da Juventude do Rio. Foi presidente da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado e desembargador do TJ fluminense desde 22 de novembro de 2004.

Siro Darlan, que por 20 anos foi juiz da Vara da Infância e Adolescente, em audiência na Câmara | Agência Câmara
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade