Caso Ágatha: depoimentos de policiais e testemunhas entram em contradição
Garota de 8 anos morreu após ser baleada nas costas por policial militar

SBT News
A Justiça do Rio de Janeiro começou a ouvir nesta 4ª feira (9.fev) as testemunhas de acusação do processo sobre a morte da menina Ágatha Vitória Sales Félix, baleada nas costas na noite do dia 20 de setembro de 2019, no complexo do Alemão, na zona norte da cidade. O policial militar Rodrigo José de Matos Soares, apontado como autor do disparo, foi denunciado por homicídio.
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Durante quase seis horas, a juíza Tula Corrêa de Mello ouviu seis pessoas. Um fato que chamou a atenção durante a audiência foi a contradição entre as versões dos policiais e das testemunhas. Os agentes afirmam que reagiram a tiros disparados por uma pessoa que estava na garupa de uma moto. Já as testemunhas garantem que apenas os PMs atiraram.
Moisés Atanázio, motorista da Kombi em que Ágatha estava acompanhada da mãe, afirma que ao descer do carro para ajudar alguns passageiros a retirar bolsas do veículo, viu uma moto passar em alta velocidade por trás do automóvel e um policial atirando na sequência. Ele reconheceu o cabo Soares como autor do tiro que atingiu a garota.
Moisés afirmou que, enquanto socorria mãe e filha, gritou para um dos policiais militares, mas nenhum deles sequer esboçou alguma atitude para ajudá-lo no resgate.
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