Putin volta a debater acordo de exportações de grãos no Mar Negro
Presidente russo se encontra com líder turco na cidade de Sochi nesta 2ª feira (4.set)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontra, nesta 2ª feira (4.set), com o líder turco, Tayyip Erdogan, na cidade de Sochi. A reunião visa debater o acordo que permite a exportação de grãos russos e ucranianos por meio do Mar Negro - suspenso por Moscou em julho deste ano. O encontro está marcado para às 12h, no horário local.
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O chamado acordo de cereais foi assinado no ano passado, com auxílio da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Turquia. O principal objetivo é reduzir o custo global de alimentos e abastecer países africanos em meio à guerra na Ucrânia. Os envios devem ser feitos por meio de um corredor humanitário estabelecido no Mar Negro.
Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, as conversas entre Putin e Erdogan ocorrerão de forma cautelosa. Isso porque, além de alegar que as sanções impostas pelo Ocidente estão impactando as exportações agrícolas, Moscou exige a retomada no sistema Swift - do qual foi banido logo após invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
O Ocidente, no entanto, garante que as sanções não englobam produtos acordados no acordo e que a Rússia está "dando desculpas" para não estender o acordo. O mesmo foi dito pelo diretor-geral da ONU, António Guterres, que, para tentar recuperar o acordo, enviou um conjunto de propostas ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Ataques na Ucrânia
Nesta manhã, as autoridades ucranianas denunciaram ataques de drones contra um dos principais portos ucranianos, localizado na região de Odessa. De acordo com o governo local, o bombardeio atingiu armazéns e edifícios de produção, enquanto destroços de drones provocaram incêndios em vários edifícios de infraestrutura civil.
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A cidade portuária vem sendo alvo diário das forças russas desde a suspensão do acordo de grãos, resultando na perda de toneladas de alimentos. O cenário aumenta o preço dos alimentos e acaba provocando o desabastecimento de países mais vulneráveis.