Mãe e madrasta são presas por morte de menino de três anos no Rio
Criança chegou ao pronto-socorro com sinais de maus-tratos. Médica desconfiou e acionou a polícia
Salutiel Filót
Mãe e madrasta foram presas no Rio de Janeiro, suspeitas de terem provocado a morte de um menino de três anos, no Complexo do Alemão. A criança chegou ao pronto-socorro com sinais de maus-tratos. A médica desconfiou dos ferimentos e acionou a polícia.
O pai do menino prestou depoimento na manhã desta 2ª feira (31.jul), mas não quis falar com os jornalistas. Davi Luccas Vianna de Almeida tinha apenas três anos e morreu na tarde deste domingo (30.jul). A principal suspeita é que ele tenha sido vítima de maus-tratos praticados pela mãe, Pamela Vianna Cardoso de Sousa, e pela companheira dela, Lorrany Beatriz Cosme.
A criança chegou a ser levada por elas para uma unidade de saúde, em Del Castilho, na zona norte do Rio. Davi Luccas -- segundo a equipe do pronto-socorro -- já chegou à unidade com parada cardiorrespiratória. Lá, ele recebeu manobras de ressuscitação por mais de uma hora, mas não resistiu. A criança também apresentava diversas lesões pelo corpo - que sugeriam sinais de espancamento.
Desconfiada, a médica acionou a polícia. As duas mulheres foram presas em flagrante.
No registro de ocorrência, consta que Pamela teria deixado o filho sozinho no quarto de casa, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, e que, ao ouvir um barulho, percebeu que o menino passava mal e decidiu realizar manobras por conta própria, como tapas e sacolejos, para fazê-lo voltar a respirar. A perícia, porém, constatou que as lesões no corpo de Davi Luccas eram anteriores ao dia da morte. Também de acordo com a polícia, a madrasta mentiu em depoimento ao dizer que não estava em casa naquele momento.