G7 anuncia mais sanções contra a Rússia
Grupo faz cúpula em Hiroshima, no Japão. Presidente da Ucrânia deve participar do encontro
Henrique Bolgue
Os líderes do G7, grupo das economias mais industrializadas do mundo, defenderam novas sanções à Rússia nesta 6ª feira (19.mai). Em comunicado, os membros afirmam que as medidas visam "privar a Rússia de tecnologia, equipamento industrial e serviços do G7 que apoiam o seu empreendimento bélico". Os membros do G7 também pedem que terceiros parem "imediatamente" de fornecer material que ajude a Rússia.
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O G7 é formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. O Brasil foi convidado pela primeira vez desde 2009, e Lula já chegou ao Japão. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também deve participar do encontro.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu que a economia é a única arma atual que o grupo tem contra Moscou.
"Juntos, colocamos um preço alto na agressão da Rússia. A União Europeia sozinha proibiu quase 55% das exportações pré-guerra para a Rússia e mais de 60% das importações pré-guerra, privando Moscou de bens e tecnologia avançados e cortando seus fluxos de receita vitais", disse Leyen.
A diplomata defendeu ainda que é preciso apoiar a soberania ucraniana, rejeitando negociações de paz que "igualam o agressor e a vítima". Isso porque alguns países estão tentando mediar o diálogo Rússia-Ucrânia, mas sem considerar as exigências de Kiev. Uma delas, e principal, é a retirada completa das tropas russas do país.
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Já em relação à China, von der Leyen disse que os países precisam mudar as políticas, uma vez que o país vem passando por reformas. Segundo ela, Pequim vem se tornando mais repressivo "em casa", mas mais assertivo no exterior, principalmente na relação com países vizinhos. Por isso, mesmo que o governo chinês tenha uma forte relação com a Rússia, as linhas de comunicação devem ser mantidas abertas.