Negociações entre Rússia e Ucrânia terminam com novas exigências
Rússia diz que vai reduzir operações perto da capital Kiev e Moscou deve analisar esboço de acordo
Diferentemente das últimas rodadas de negociações, o encontro entre delegações de Kiev e Moscou, na Turquia, nesta 3ªfeira (29.mar), apontam para um pequeno avanço nas conversas de cessar-fogo.
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A reunião em Istambul foi focada em garantir o cessar-fogo e conseguir garantias para a segurança da Ucrânia, questões que estiveram no centro de negociações mal sucedidas, segundo Mikhailo Podoliak, auxiliar do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. À imprensa, a Rússia informou que decidiu diminuir o número de operações perto da capital Kiev como medida para "aumentar a confiança" nas negociações destinadas a encerrar os combates. O chefe da delegacão ucraniana também informou jornalistas que um esboço de acordo foi entregue à Rússia para consideração.
Antes da reunião o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que seu país estava preparado para declarar neutralidade, como Moscou exigiu, e estava aberto a compromissos sobre a contestada região leste de Donbass. Com relação à Crimeia, Podoliak publicou no Twitter que foi proposto que a questão fosse resolvida "exclusivamento por meio de negociações bilaterais entre a Ucrânia e a Rússia. Propõe-se também não resolver a questão da Crimeia por meios militares em nenhum caso. Apenas esforços políticos e diplomáticos."
Em discurso, o presidente turco, Tayyip Erdogan, disse aos dois lados que eles têm uma "responsabilidade histórica" de parar os combates. "Acreditamos que não haverá perdedores em uma paz justa. Prolongar o conflito não é do interesse de ninguém".