Dose de reforço pode aumentar mais de cem vezes a proteção contra covid
Imunizantes de RNA mensageiro auxiliam no aumento da produção de anticorpos para bloquear o vírus
Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade de Oxford, apontou que a aplicação da dose de reforço contra a covid-19 pode aumentar mais de cem vezes a proteção contra a doença. O estudo, publicado na revista científica The Lancet, confirmou ainda que a combinação heteróloga, ou seja, de vacinas anticovid diferentes, é a estratégia mais eficaz para a dose de reforço, especialmente nos indivíduos que receberam a CoronaVac.
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Segundo os cientistas, o resultado da pesquisa mostrou que 28 dias após a dose de reforço, a vacina de RNA mensageiro, imunizante da Pfizer, aumenta a produção de anticorpos que são capazes de bloquear a entrada do vírus nas células. Os imunizantes da Astrazeneca e da Janssen também tiveram resultados positivos ao serem aplicados como reforço.
Outro estudo apontou que os indivíduos que receberam a dose única da Janssen e tomaram o mesmo imunizante como dose de reforço tiveram aumento de até 94% de proteção contra a covid-19, quando aplicado com no mínimo dois meses de intervalo. Com apenas uma dose, esse índice é de 75%. Tais resultados embasaram o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês), que também recomendou o reforço da imunização.
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Com o avanço na vacinação, o Brasil assiste a uma queda de 51,99% na média móvel de casos e 43,38% na média móvel de óbitos pela doença, em comparação com os últimos 14 dias. Atualmente, 91,12% da população acima de 12 anos tomou a primeira dose da vacina e 84,46% desse mesmo público completou o esquema vacinal. Por outro lado, apenas 36,48% do público maior de 18 anos tomou a dose de reforço - o que corresponde a 60,5 milhões de brasileiros.
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