Prefeitura do Rio lança programas para acelerar vacinação de crianças
Somente metade dos pequenos entre 5 e 11 anos foi imunizada contra covid-19 na cidade
A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou, nesta 5ª feira (10.fev), dois programas para acelerar a cobertura vacinal contra a covid-19 entre o público infantil. Até o momento, somente 52% das crianças da capital fluminense foram imunizadas. A ideia é promover a busca ativa deste público-alvo em parceria com as secretarias municipais da educação e da saúde.
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Na primeira ação, batizada de Programa Vacina na Escola, a prefeitura tem o objetivo de conscientizar pais a respeito da importância da imunização, por meio de folhetos explicativos, e promover a aplicação das doses no ambiente escolar, mediante o preenchimento prévio de um formulário de autorização. Se preferirem, os responsáveis também poderão acompanhar a vacinação dos pequenos, que deverá ocorrer após as aulas. A campanha pretende atingir cerca de 347 mil estudantes desta faixa etária, matriculados em 1.307 escolas públicas da região.
Já a segunda iniciativa englobará o cruzamento de dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações com os cadastros da Estratégia Saúde da Família, de modo a identificar as crianças que ainda não possuem registro da vacina contra a covid-19, ou até mesmo o atraso de doses de outros imunizantes previstos no calendário vacinal.
Com a relação do público-alvo em mãos, caberá aos agentes comunitários de saúde visitar as casas das famílias e fazer a imunização no próprio domicílio, contanto que o responsável esteja presente no local e autorize a aplicação. Nestes casos, os pais também serão orientados a comparecer a uma unidade de atenção primária para a atualização da caderneta de vacinação dos pequenos.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) fez um apelo aos pais para que vacinem seus filhos e criticou a postura negacionista de algumas famílias. "Eu estou com vergonha, pela primeira vez, de ser prefeito dos cariocas, porque nós estamos atrás nesse negócio. O pai e a mãe que não vacinam seus filhos estão acreditando em besteira. Acho que todo pai e toda mãe ama seu filho, mas nesse momento não estão tendo o ato de amor que a paternidade ou a maternidade exigem da gente".