Vacinas por si só não são o bilhete dourado da pandemia, diz OMS
Maior acesso a testagens e atendimentos médicos também devem ser priorizados
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse, na manhã desta 2ª feira (24.jan), que "as vacinas por si só não são o bilhete dourado" para o mundo sair da pandemia de covid-19. Segundo ele, grande parte das nações continuam enfrentando desafios para o abastecimento de insumos em unidades hospitalares, bem como para reposição de testes para a doença.
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"As vacinas por si só não são o bilhete dourado da pandemia de covid-19. Mas não há saída a menos que alcancemos nossa meta compartilhada de vacinar 70% da população de todos os países até meados deste ano", disse Adhanom. "Se os países usarem todas as estratégias e ferramentas de maneira abrangente, podemos encerrar a fase aguda da pandemia este ano. Podemos encerrar a covid-19 como uma emergência de saúde global", completou.
Para ele, o fim da pandemia está relacionado a uma maior distribuição de vacinas contra a covid-19 para os países menos desenvolvidos, assim como a redução de mortalidade pela doença por meio de um maior manejo clínico, começando com a atenção primária à saúde e acesso equitativo a diagnósticos, oxigênio e antivirais nos pontos de atendimento. O aumento das taxas de testes e sequenciamento para monitorar o surgimento de novas variantes também é essencial.
"Só podemos fazer isso com comunidades engajadas e capacitadas, financiamento sustentado, foco em equidade e pesquisa e inovação", reforçou Adhanom. "É verdade que estaremos vivendo com a covid-19 no futuro próximo, mas precisaremos aprender a gerenciá-la por meio de um sistema sustentado e integrado para doenças respiratórias agudas", pontuou.
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A rápida disseminação da variante ômicron está influenciando na alta de casos de covid-19. Segundo a OMS, desde que a cepa foi identificada pela primeira vez, em novembro de 2021, mais de 80 milhões de infecções foram relatadas, número maior do que foi registrado em todo o ano de 2020. "As condições globais são ideais para o surgimento de mais variantes do coronavírus. Para mudar o curso da pandemia, devemos mudar as condições que a impulsionam", aconselhou o líder da organização.