Após 70 anos, famílias separadas pela Guerra das Coreias se reencontram
A reaproximação recente dos dois governos deu esperança para milhares de pessoas separadas há décadas de seus parentes
Da redação
A separação das famílias coreanas é uma consequência direta da interferência estrangeira no país: primeiro o domínio colonialista do Japão. Depois, a divisão entre áreas de influência dos Estados Unidos e da ex-União Soviética, que criou as Coreias do Norte e do Sul, na década de 1940, logo após a Segunda Guerra Mundial. Alheios à disputa política, não foram poucos os que tiveram a vida familiar sacrificada. A recente reaproximação dos dos governos do Sul e do Norte aumentou a esperança das milhares de famílias separadas.
Hoje, elas dependem de raras autorizações para poderem se comunicar. As principais imposições vêm da Coreia do Norte, que proíbe até a troca de cartas. Pais, filhos, irmãos, tios e sobrinhos poderão se reunir seis vezes, mas sem direito a nenhuma privacidade. A essas pessoas, que tiveram roubada parte importante de suas vidas, é permitido apenas ficar em torno dos números que identificam as mesas. A reunião termina nesta quarta-feira (22), dia em que eles vão ter que dizer adeus, sem qualquer previsão se e quando se verão novamente.