Lula mantém ministra do Turismo mesmo com pressão do União Brasil
Daniela Carneiro teve reunião com o presidente; partido quer outro filiado no cargo
O Governo Federal informou, no início da tarde desta 3ª feira (13.jun), que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, permanece no cargo e participará dos próximos compromissos de sua agenda. A informação veio após o fim de uma reunião entre Daniela, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho, que é marido dela, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto. O encontro, na manhã desta 3ª, não consta na agenda oficial do petista.
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O governo sofre pressão do União Brasil, atual partido da ministra, para substitui-la no posto por outro integrante da sigla. No domingo (11.jun), porém, o diretório fluminense do Partido dos Trabalhadores (PT) defendeu a permanência dela no cargo.
Daniela foi indicada pelo próprio União à Esplanada de Lula, mas pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste ano, para deixar o partido sem perda do mandato de deputada federal - para o qual foi eleita em 2022. À Corte, o motivo apresentado foi o de "assédio" político pela direção nacional.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), comentou sobre a situação da ministra do Turismo. Segundo ele, "a representação política do governo é uma representação indicada por partidos e outras são indicação e escolha do próprio presidente. Daniela está como representante do União Brasil".
E complementou dizendo que o partido fez campanha com Lula e também para a ministra. A sigla elegeu nove federais. "É uma liderança importante. Então, não se trata como se fosse qualquer pessoa. Portanto, ele [presidente Lula] vai ter que encontrar uma saída que dê conforto a todos", declarou o senador.
Compromissos
Segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo, Daniela vai participar de uma audiência pública na Comissão de Turismo na Câmara dos Deputados, às 15h desta 3ª, e da reunião com todos os ministros que Lula prepara para esta semana - revelada na 2ª feira (12.jun) pelo chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
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