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Comando de batalhão decisivo ainda está vago; entenda

1º BAC tem tropa militar de elite e está localizado em ponto estratégico, a 200 km de Brasília

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Comando de batalhão decisivo ainda está vago; entenda
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Depois do comandante do Exército suspender a nomeação do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro (PL), na chefia do 1º Batalhão de Ações e Comandos (BAC), o cargo segue vago e um novo nome deve ser anunciado nos próximos dias. A tropa militar é considerada de elite, localizada em ponto decisivo, em Goiânia, a 200 km da capital federal. 

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O 1º BAC foi criado em 2002 e é subordinado ao Comando de Operações Especiais, que cuida da segurança de altas autoridades da República. Trata-se de tropa qualificada a operar sob circunstâncias e ambientes impróprios ou contra-indicados para o emprego de forças convencionais, sendo apta a cumprir missões estratégicas e tidas como operacionalmente críticas. Para isso, integra a Força de Atuação Estratégica do Exército Brasileiro.

Ações de Comandos, de acordo com o batalhão, são normalmente agressivas, e ocorrem por meio de "infiltração por terra, mar ou ar, contra alvos de valor significativo, localizados em áreas hostis ou sob controle do inimigo".

O batalhão é considerado estratégico, uma vez que os militares recebem treinamento intensivo e estão em constante estado de alerta para situações extremas. Por esse motivo, a União destina a ele recursos e equipamentos de ponta. 

1º BAC foi motivo de demissão 

No último sábado (24.jan), o general Júlio César Arruda, então comandante do Exército, foi demitido pelo governo federal. O motivo foi a nomeação do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid na chefia do 1º BAC. Isso porque a indicação de Cid havia sido feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O militar foi ajudante de ordens de Bolsonaro e é alvo de investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). Entenda: 

  • Mauro Cesar Barbosa Cid, militar aliado de Bolsonaro, seria nomeado para o comado do 1º BAC; 
  • Cid está acompanhando o ex-presidente em viagem aos Estados Unidos e é investigado por integrar uma rede de disseminação de notícias falsas defendendo atos antidemocráticos e intervenção militar;
  • Presidente Lula pediu ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que articulasse o cancelamento da nomeação;
  • General Júlio César Arruda, então comandante do Exército, foi demitido após negar o pedido do governo;
  • Lula nomeia o novo comandante Tomás Miguel Ribeiro Paiva, que suspendeu a nomeação de Cid

Alvo

O militar bolsonarista é alvo de investigações no STF. Entre as ações, está a apuração sobre a participação do tenente-coronel em uma rede de disseminação de notícias falsas defendendo atos antidemocráticos e intervenção militar.

Uma das maiores preocupações do novo governo eleito está na desconfiança de que militares das Forças Armadas e da Polícia tenham sido coniventes com os atos golpistas de 8 de janeiro, que causaram destruição dos prédios dos Três Poderes em Brasília. 

A jornalistas, Lula afirmou não ter uma imagem ruim das Forças e que tinha uma boa relação quando presidiu o Brasil anteriormente. Mas desabafou: "Eu não tenho ajudante de ordens. Os meus ajudantes de ordens sãos os companheiros que já trabalhavam comigo." E explicou o motivo. "Eu pego o jornal é o motorista do Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Jair Bolsonaro) diz que vai me matar. O outro tenente diz que vai me dar um tudo na cabeça e que não vou subir a rampa. Como é que eu vou ter uma pessoa na porta da minha sala que pode me dar um tiro?", questionou.

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