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Divergências econômicas não serão problema, diz Tebet em posse

Ministra do Planejamento também afirmou que pobres serão prioridade no orçamento

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Simone Tebet (MDB) tomou posse, nesta 5ª feira (5.jan), como ministra do Planejamento e Orçamento. No discurso, ela afirmou que tem "divergências econômica" com os outros integrantes da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas garantiu que eventuais discordâncias não irão atrapalhar a gestão.

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Tebet, que deverá trabalhar em conjunto com o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT), disse que contou a Lula sobre as diferentes opiniões. "Lula me ignorou, como se dissesse: 'é isso que eu quero. Sou um presidente democrata. Quero diferentes para somar, pois assim que se constrói uma sociedade democrática", declarou a ministra.

"Fiquei surpresa porque fui parar justamente na pauta com a qual eu tenho alguma divergência, sendo que eu tenho total sinergia na pauta social e de costumes. Mas estou ao lado desse time da economia que vai fazer a diferença, fazer com que esse governo dê certo, apresentando propostas corretas para não faltar orçamento para as políticas. Seremos quatro na economia, um quarteto a favor do Brasil", disse.

Ela também afirmou que os pobres "estarão prioritariamente no orçamento público", mas mantendo o equilíbrio e a responsabilidade fiscal. "Os pobres estarão prioritariamente no orçamento público. A primeira infância, idosos, mulheres, povos originários, pessoas com deficiência, LGTBQIA+. Passou da hora de dar visibilidade aos invisíveis. Tem de abarcar todas essas prioridades, sem deixar de ficar de olho na dívida pública", afirmou.

"Nosso papel, sem descuidar da responsabilidade fiscal, da qualidade dos gastos públicos, é colocar o brasileiro no orçamento", acrescentou.

No início do discurso, Tebet contou que chegou a escrever um manifesto recusando qualquer cargo em troca do apoio a Lula e que o convite para o Planejamento foi uma "surpresa", já que ela tem experiência com a área social.

"Embora a minha surpresa pelo convite para assumir o Ministério do Planejamento, por termos pensamentos diferentes na pauta econômica, o que me moveu foi a certeza de que tudo o que nos une é infinitamente maior do que aquilo nos separa: a defesa da democracia e o sonho da cidadania para todos os brasileiros", disse.

A nova ministra também defendeu uma Reforma Tributária para garantir menos tributos sobre o consumo e um sistema tributário menos regressivo, com simplificação e justiça.

"Somente assim teremos o crescimento necessário para garantir emprego e renda de que o Brasil necessita. No Ministério da Fazenda, essa reforma não poderia estar em melhores mãos que as de Bernard Appy. Essas mesmas mãos caminharão dadas com as nossas, dos técnicos do nosso ministério e dos demais ministérios afins, assim como do Congresso Nacional", declarou.

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