Estrategistas de Bolsonaro 2022 veem atraso em cronograma
Presidente precisa encontrar partido; prefere PSL, mas exige expulsões
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Entre o núcleo mais próximo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a opinião é unânime: ele já passou da hora de definir de uma vez à qual legenda irá se filiar. Segundo fontes que estarão na linha de frente da campanha presidencial à reeleição em 2022, o cronograma desenhado para as movimentações partidárias já está todo atrasado em no mínimo quatro meses.
A corrida contra o tempo se dá porque, em pleno abril de 2021, o plano era já ter o controle de diretórios estaduais do partido e estar a todo vapor na busca por lideranças regionais com potencial para serem candidatas aos postos de governador, deputado estadual e federal, formando uma rede robusta de palanques para a reeleição de Bolsonaro.
A preferência é pelo PSL, partido pelo qual foi eleito em 2020. Mas, para que possa voltar, ele exige a expulsão de alguns ex-aliados que se tornaram críticos ao seu governo, como Joice Hasselmann (SP) , Julian Lemos (PB) e Junior Bozzella (SP). E mais: quer também o controle de diretórios estaduais estratégicos, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.
Mas por que Bolsonaro prefere o PSL, legenda que continua sendo presidida pelo deputado Luciano Bivar (PE), seu atual desafeto (com chances de voltar a ser afeto)? São vários os motivos. Pragmaticamente, o principal deles é que o Partido Social Liberal era um nanico quando abrigou o então candidato Bolsonaro e se tornou, graças a ele, hoje a maior bancada da Câmara de Deputados, com 53 parlamentares. Isso significa mais tempo de rádio e de televisão para veicular propaganda partidária; mais dinheiro para produzir toda essa publicidade e bancar viagens pelo Brasil; além de dispor de maior capilaridade, tendo congressistas pedindo votos ao presidente em vários cantos do país.
Conceitualmente, aqui vale invocar uma frase atribuída Ulysses Guimarães, ex-presidente da Assembleia Constituinte, e repetida à exaustão em Brasília: política não se faz com o fígado. Se para conquistar nova vitória for preciso esquecer as brigas do passado, Bolsonaro está disposto a conceder o seu perdão.
Mas por que Bolsonaro busca por todo esse aparato se em 2018 ele foi vencedor sem tempo, sem dinheiro, sem marqueteiro estrelado, sem bancada, sem nada? A principal razão tem nome e sobrenome: Luiz Inácio Lula da Silva. A missão de Bolsonaro, além de mostrar os feitos de seu próprio governo, será refrescar a memória dos brasileiros que o ex-presidente Lula e o PT estiveram mergulhados em denúncias cabeludas de corrupção. Seja Lula candidato ou não.
Partido da Mulher Brasileira (PMB)
Não há nenhuma resistência de Jair Bolsonaro quanto ao nome da legenda, que inclusive poderia até ser alterada, mas é considerada pequena em termos de estrutura, tempo e dinheiro e o colocaria em condição de desvantagem em relação ao PT, que deve ser seu principal adversário na eleição do ano que vem.
PTB
Embora atraente, há sempre a dúvida sobre a verdadeira autonomia que Bolsonaro teria sobre o comando do partido, que já tem dono e se chama Roberto Jefferson, ex-deputado federal e o primeiro parlamentar a denunciar o mensalão do PT. Jefferson foi condenado pela Justiça por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Patriota
É considerado pelos estrategistas de Bolsonaro como um meio-termo: tem seis deputados federais, teve parte de suas linhas ideológicas desenhadas por bolsonaristas, possui estrutura pequena, mas não minúscula e, apostam, poderia garantir independência para Bolsonaro dar as coordenadas frente à legenda, inclusive regionalmente.
A corrida contra o tempo se dá porque, em pleno abril de 2021, o plano era já ter o controle de diretórios estaduais do partido e estar a todo vapor na busca por lideranças regionais com potencial para serem candidatas aos postos de governador, deputado estadual e federal, formando uma rede robusta de palanques para a reeleição de Bolsonaro.
A preferência é pelo PSL, partido pelo qual foi eleito em 2020. Mas, para que possa voltar, ele exige a expulsão de alguns ex-aliados que se tornaram críticos ao seu governo, como Joice Hasselmann (SP) , Julian Lemos (PB) e Junior Bozzella (SP). E mais: quer também o controle de diretórios estaduais estratégicos, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.
Mas por que Bolsonaro prefere o PSL, legenda que continua sendo presidida pelo deputado Luciano Bivar (PE), seu atual desafeto (com chances de voltar a ser afeto)? São vários os motivos. Pragmaticamente, o principal deles é que o Partido Social Liberal era um nanico quando abrigou o então candidato Bolsonaro e se tornou, graças a ele, hoje a maior bancada da Câmara de Deputados, com 53 parlamentares. Isso significa mais tempo de rádio e de televisão para veicular propaganda partidária; mais dinheiro para produzir toda essa publicidade e bancar viagens pelo Brasil; além de dispor de maior capilaridade, tendo congressistas pedindo votos ao presidente em vários cantos do país.
Conceitualmente, aqui vale invocar uma frase atribuída Ulysses Guimarães, ex-presidente da Assembleia Constituinte, e repetida à exaustão em Brasília: política não se faz com o fígado. Se para conquistar nova vitória for preciso esquecer as brigas do passado, Bolsonaro está disposto a conceder o seu perdão.
Mas por que Bolsonaro busca por todo esse aparato se em 2018 ele foi vencedor sem tempo, sem dinheiro, sem marqueteiro estrelado, sem bancada, sem nada? A principal razão tem nome e sobrenome: Luiz Inácio Lula da Silva. A missão de Bolsonaro, além de mostrar os feitos de seu próprio governo, será refrescar a memória dos brasileiros que o ex-presidente Lula e o PT estiveram mergulhados em denúncias cabeludas de corrupção. Seja Lula candidato ou não.
Caso não consiga fechar com PSL, veja quais são as principais opções hoje:
Partido da Mulher Brasileira (PMB)
Não há nenhuma resistência de Jair Bolsonaro quanto ao nome da legenda, que inclusive poderia até ser alterada, mas é considerada pequena em termos de estrutura, tempo e dinheiro e o colocaria em condição de desvantagem em relação ao PT, que deve ser seu principal adversário na eleição do ano que vem.
PTB
Embora atraente, há sempre a dúvida sobre a verdadeira autonomia que Bolsonaro teria sobre o comando do partido, que já tem dono e se chama Roberto Jefferson, ex-deputado federal e o primeiro parlamentar a denunciar o mensalão do PT. Jefferson foi condenado pela Justiça por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Patriota
É considerado pelos estrategistas de Bolsonaro como um meio-termo: tem seis deputados federais, teve parte de suas linhas ideológicas desenhadas por bolsonaristas, possui estrutura pequena, mas não minúscula e, apostam, poderia garantir independência para Bolsonaro dar as coordenadas frente à legenda, inclusive regionalmente.
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