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"Tentaram puxar meu tapete até pouco tempo atrás", diz Simone Tebet

Em entrevista ao Jornal Nacional, candidata à Presidência pelo MDB criticou "caciques" do partido

"Tentaram puxar meu tapete até pouco tempo atrás", diz Simone Tebet
Simone Tebet
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A candidata à Presidência Simone Tebet (MDB), em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, afirmou nesta 6ª feira (26.ago), que tentaram puxar o seu tapete, mas que, se eleita, pretende aprovar uma nova Reforma Tributária, criar medidas de paridade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, erradicar a miséria, combater a pobreza e investir na educação infantil. 

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Tebet frisou que, mesmo com o racha na legenda, vai atuar com "a alma da mulher e o coração de mãe para fazer um presidencialismo de conciliação". A candidata prometeu ainda zerar a fila das cirurgias atrasadas por dois anos. 

Em 40 minutos de entrevista, os primeiros questionamentos foram dedicados ao racha dentro do próprio partido. A candidatura de Tebet foi lançada após embates de caciques da legenda que tentavam emplacar outros nomes para a corrida ao Planalto ou apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

"Tentaram puxar meu tapete até pouco tempo atrás. Se tivesse um tapete aqui já teria caído da cadeira também. Tive de vencer uma maratona com muitos obstáculos. Nós tivemos oito candidatos, e eu permaneci. Passou Natal, virou Ano-Novo, chegou o Carnaval, disseram que o partido seria cooptado. Tentaram numa fotografia recente levar o partido para o ex-presidente Lula, judicializaram", lembrou Tebet.

Indagada sobre a corrupção no MDB, que foi admitida pela própria candidata, que afirmou - - recentemente - - que parte do MDB "foi pro fisiologismo e se envolveu com corrupção", a presidenciável justificou: "O MDB é muito maior que meia duzia de seus políticos e seus caciques. Um partido que veio bem da base de redemocratização. O meu partido é Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, de Mário Covas, de homens desbravadores, corajosos e acima de tudo éticos. Partido de homens éticos que tem espírito público e vontade de seguir o povo". Apesar de não citar nomes, a menção a caciques refere-se, sobretudo, ao senador Renan Calheiros (AL), um dos principais articuladores pelo apoio do partido a Lula. 

Tebet defendeu união, mesmo sem apoio das bases em seus Estados. "A minha candidatura não veio para dividir. Nós sabemos das dificuldades regionais. Eu tenho que dar liberdade para meus companheiros, os votos que eu terei serão do meu trabalho." Apesar de ganhar destaque nacional no ano passado, durante a CPI da Pandemia, Tebet lembrou de sua trajetória na política bem antes de integrar a Comissão Parlamentar de Inquérito. "Hoje o politico aparece só quando você está nas manchetes policiais, mas a minha história de vida política começou há 20 anos." 

Economia

Tebet afirmou que "o eixo de seu governo serão as pessoas, acabar com a miséria e erradicar a fome". Disse que pretende criar um projeto social para a construção de um milhão de casas, para famílias de até um salário mínimo e meio, por meio de subsídios que envolvem verbas do orçamento secreto. 

"Pode faltar dinheiro para qualquer coisa, mas não pode faltar dinheiro para acabar com a miséria. A pobreza nós vamos diminuir, a miséria nós vamos acabar." 

A candidata defendeu uma nova Reforma Tributária, que, segundo ela, pode ser aprovada em seis meses no Congresso. "A intenção é desburocratizar e simplificar as empresas, que terão economia de R$ 50 bilhões por ano, que poderão ser investidos em geração de emprego e renda."

Tebet ainda disse que vai estudar uma mudança na tabela do Imposto de Renda, com o possível aumento na faixa do número de isentos no IR. Adiantou ser favoráel à taxação de lucros e dividendos, para amenizar o bolso dos mais pobres. 

Acrescentou que o primeiro projeto que pretende pedir para ser pautado será o da igualdade salarial entre homens e mulheres. "A mulher ganha menos, não é lógico", afirmou. Questionada sobre o alinhamento do partido com suas propostas, uma vez que o MDB conta com 66% de candidatos homens e 33% de mulheres, Tebet rebateu dizendo que o mesmo acontece em outros partidos políticos. "Eu luto contra isso", apontou.

Durante a entrevista, Simone Tebet ainda falou sobre os planos para a segurança pública, e garantiu que em um eventual governo, órgãos como a Procuradoria-geral da Repúlica e a Policia Federal terão autonomia. Enfatizou que os requisitos para ocupação de seu governo são: ser honesto e ser competente. "Eu não vou blindar e de forma alguma impedir que órgãos de fiscalização entrem em meu governo. Vai ter transparência abosulta."

Polarização

Sobre a disputa entre os candidatos mais bem colocados, pontuou "que a polarização política e ideológica está levando o Brasil para o abismo". Novata na corrida ao Planalto, a candidata pretende emplacar a chamada "terceira via" e aparece com cerca de 2% nas pesquisas de intenção de voto.

A emedebista atacou as gestões dos candidatos Lula (PT) e Bolsonaro (PL) que, segundo Tebet, foram marcadas por um presidencialismo de cooptação. 

"Aconteceu com o mensalão no passado. Compraram a consciência dos parlamentares para tentar uma reeleição, foram descobertos e vieram com o petrolão. Para ganhar uma eleição, quase quebraram uma estatal. A todo momento tentando cooptar", disse.

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