Com pedido por democracia e campanha "na rua", Lula critica ataques às urnas
Candidato disse não ter problema com Forças Armadas, e questionou posicionamentos contra sistema eleitoral
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Ex-presidente e candidato do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta 6ª feira (29.jul) não ter problema com as Forças Armadas. Em discurso na convenção do PSB, em Brasília, o petista defendeu a Carta Pela Democracia, divulgada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) em prol do sistema democrático, e chamou de "idiotice" ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas.
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"Nunca tive nenhum problema com as Forças Armadas, porque as Forças Armadas têm suas funções estabelecidas na Constituição. As Forças Armadas nunca perguntam para que nem o porquê da decisão de um presidente. Eles cumprem. O que nós precisamos é estabelecer uma relação de respeito", declarou. "É uma relação em que cada um cumpra com a sua função, e não ter um presidente que trata as Forças Armadas como se fossem um objeto na mão dele", completou Lula.
Em outro momento, o candidato destacou a divisão de Poderes e ressaltou a legislação brasileira. "Esse país tem regras que estão estabelecidas na nossa Constituição, a Suprema Corte tem uma função, as Forças Armadas têm outra função, o Legislativo tem outra função, o Poder Executivo tem outra função. Cada um cumpra com a sua função que a democracia vai prevalecer", disse.
O petista também criticou o encontro promovido pelo Planalto com embaixadores na primeira quinzena de julho. Lula declarou que, na ocasião, Bolsonaro mentiu para os representantes, tentando vender "uma ideia falsa de que o Brasil e a democracia correm risco pelas urnas eletrônicas".
Lula ainda defendeu que continuará fazendo campanha na rua, e disse que o mesmo deve ser adotado por apoiadores. O discurso rebate recomendações ao petista de que evite diretamente o público, por questões de segurança. No último domingo, em convenção do PL, o discurso de Bolsonaro também chamou apoiadores às ruas.
Orçamento secreto
O ex-presidente também fez um apelo para que bancadas no Congresso sejam eleitas para colocar fim ao orçamento secreto, e disse que, se eleito, recriará o Ministério dos Povos Indígenas, colocando um indígena no comando.
Convenção do PSB
O encontro, realizado nesta 6ª em Brasília, confirmou a candidatura de Geraldo Alckmin para compor a chapa à Presidência ao lado de Lula. O ex-governador de São Paulo será o vice. O encontro também oficializou a coligação entre PT, PCdoB, PV, Solidariedade, Rede e Psol.